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ONU lança portal exclusivo para monitorar fluxo de refugiados da Ucrânia BR

Jovem chega na Romênia buscando refúgio do conflito na Ucrânia.
Foto: © UNICEF/Ioana Moldovan
Jovem chega na Romênia buscando refúgio do conflito na Ucrânia.

ONU lança portal exclusivo para monitorar fluxo de refugiados da Ucrânia

Ajuda humanitária

Site criado pelo Acnur contém últimas estatísticas sobre civis que fogem da ofensiva militar russa; até a manhã, desta quarta-feira, portal já tinha registrado quase 875 mil refugiados. 

A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, ativou nesta quarta-feira um portal com dados exclusivos sobre a situação de refugiados da Ucrânia. A plataforma online havia registrado, até a manhã deste 2 de março, quase 875 mil civis que abandonaram o país devido à ofensiva militar russa.  

Migrantes na Ucrânia  

Menina de 7 anos em abrigo em Lviv, oeste da Ucrânia.
Foto: © UNICEF/Kostiantyn Golinchenko
Menina de 7 anos em abrigo em Lviv, oeste da Ucrânia.

Cerca de 52% dos ucranianos buscaram refúgio na Polônia, enquanto o restante alcançou outros países como Hungria, Moldávia, Eslováquia, Romênia e até a Rússia.  

Além do Acnur, outras agências humanitárias da ONU estão ampliando a resposta a esta crise, que poderá vir a ser o maior fluxo de refugiados do século na Europa, segundo o chefe do Acnur, Filippo Grandi.  

A Organização Internacional para Migrações, OIM, calcula que mais de 470 mil pessoas de outras nacionalidades estão na Ucrânia, tentando sair do país, incluindo estudantes e trabalhadores migrantes. 

Solidariedade 

Família espera trem para sair de Lviv, oeste da Ucrânia, perto da fronteira com a Polônia.
Foto: © UNICEF/Viktor Moskaliuk
Família espera trem para sair de Lviv, oeste da Ucrânia, perto da fronteira com a Polônia.

Na terça-feira, no lançamento do apelo financeiro de US$ 1,7 bilhão para a Ucrânia, o secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou ser importante que a solidariedade ao povo que está deixando a Ucrânia seja estendida “sem discriminação por raça, religião ou etnia”.  

A OIM revela que pelo menos 6 mil migrantes já chegaram a Moldávia e Eslováquia, sendo que vários países já pediram a assistência da organização para retornar seus cidadãos para África, Oriente Médio e Ásia. 

Mais de 50 pessoas da Tunísia que estavam na Ucrânia, por exemplo, conseguiram chegar à Moldávia e estão recebendo o apoio da OIM para que possam alcançar a Romênia antes de pegarem um voo fretado até seu país de origem.