Unicef: 1,4 milhão de crianças somalis correm risco de desnutrição
Sem financiamento, será impossível evitar casos de mortes; quase metade dos somalis com menos de cinco anos tem chance de sofrer com problema por causa das constantes secas, que deixaram 4,1 milhões de pessoas no limite.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, divulgou um estudo sobre segurança alimentar na Somália, onde 1,4 milhão de crianças estão expostas a casos de desnutrição.
A agência da ONU revela que este ano, quase 330 mil menores não terão o suficiente para comer. O plano é evitar que a situação se agrave atingindo ainda mais crianças.
Rebanhos
A representante do Unicef na Somália, Angela Kearney, lembrou que as emergências humanitárias afetam as crianças de forma desproporcional. Segundo ela, este ano os números estão mais altos e se nada for feito, milhares de crianças perderão a vida.
O país africano sofre com três estações consecutivas de seca combinadas a conflitos em muitas áreas que deixaram 25% da população precisando de assistência alimentar. Sem ajuda urgente, a situação irá se agravar nas áreas urbanas e rurais piorando a situação dos deslocados até junho deste ano.
O impacto de comunidades inteiras de pastores de rebanhos é bastante forte.
Água
Com a crítica escassez de água, as famílias são forçadas a migrar para centro urbanos e periféricos. Com isso, 2,9 milhões de somalis já foram deslocados por conflitos e mudança climática.
Desde novembro, o preço da água em algumas das áreas mais afetadas subiu mais de 70%.
Desde meados do ano passado, o governo, parceiros e agências humanitárias têm ajudado a mitigar o impacto da crise, mas as projeções de pouca chuva entre abril e junho deste ano indicam poucas melhorias na situação da nutrição e dos alimentos.
O Unicef está pedindo US$ 7 milhões antes do fim de março par licitar 104 mil caixas de alimentos terapêuticos prontos para consumo e para tratar crianças que sofrem de subnutrição severa.