
Conselho de Segurança debate crise no Mali após prisão de líderes interinos
Sessão fechada em Nova Iorque e esforços junto a mediadores regionais servem para ajudar a resolver impasse, que segundo a Missão no Mali pode afetar a região; Minusma busca acesso aos detidos para verificar suas condições.
O Conselho de Segurança realiza esta quarta-feira uma reunião a portas fechadas sobre o Mali após a prisão do presidente de transição, Bah N’daw, e do primeiro-ministro, Moctar Ouane, pelos militares do país africano.
O representante especial do secretário-geral e chefe da Minusma, El-Ghassim Wane, participa do encontro solicitado pela França e pelo grupo A3 +1 que reúne Quênia, Níger, Tunísia e São Vicente e Granadinas.
Crise
As Nações Unidas participam da atuação da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, Cedeao, com a União Africana e outros nomes da arena internacional que apoiam a transição política no Mali.

A operação de paz da ONU anunciou que continua acompanhando os últimos acontecimentos após a ação de segunda-feira, sobre a qual alerta ter consequências graves para o Mali e a região. Uma das prioridades da Minusma é ter acesso aos detidos e verificar as condições em que se encontram.
A Minusma disse precisar de garantias de observação dos direitos e liberdades fundamentais dos detidos como está previsto no direito internacional dos direitos humanos.
Profunda preocupação
Em declaração conjunta, o comitê local de monitoramento da transição expressou profunda preocupação com a situação.
Na declaração do órgão reunindo a Minusma, Cedeao e União Africana juntou-se a comunidade internacional, incluindo a França, os Estados Unidos, o Reino Unido, a Alemanha e a União Europeia.
O grupo enfatizou que os militares que realizaram as detenções serão considerados pessoalmente responsáveis pela segurança dos líderes civis. O grupo reafirmou o apoio às autoridades de transição e pediu a retoma do processo e para que seja concluído dentro do prazo.
