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Ban pede máxima contenção após golpe de Estado no Burquina Fasso

Ban pede máxima contenção após golpe de Estado no Burquina Fasso

Secretário-geral deplora o ato "nos termos mais fortes"; presidente e primeiro-ministro foram presos; enviado para a África Ocidental continua na capital Ouagadougou; Ban deplorou a violência no país e pediu máxima contenção às Forças de Defesa e Segurança do país.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O secretário-geral da ONU condenou "nos termos mais fortes" o golpe de Estado no Burquina Fasso, em nota que reitera que todos os detidos durante a ação sejam imediatamente libertados.

Ban Ki-moon exige que a retomada da transição política do país, de acordo com a Constituição e a Carta de Transição. O seu representante especial para a África Ocidental Mohamed Ibn Chambas, está no Burquina Fasso desde quarta-feira.

Violência

O secretário-geral deplora os relatos de violência no país e apela a todas as Forças de Defesa e Segurança a exercer contenção. A nota apela ainda para a garantia do respeito dos direitos humanos e a segurança de todos os burquinabes.

O chefe da ONU disse que os responsáveis pelo golpe de Estado devem ser responsabilizados pelas consequências do ato.

Presidente e primeiro-ministro

Antes,  o Conselho de Segurança tinha reagido à "detenção forçada" do presidente Michel Kafando, bem como do primeiro-ministro Isaac Zida e de vários membros do governo.

Agências de notícias citam a imprensa oficial local dando conta da nomeação do chefe de Estado-Maior General do ex-presidente Blaise Compaoré como novo líder do país.

A medida seguiu-se à tomada do poder por oficiais da guarda presidencial na quarta-feira. A operação foi seguida de tiroteios e de protestos na capital, Ouagadougou.

Na primeira reação, Ban reiterou o apoio firme das Nações Unidas às autoridades de transição e ao Presidente Kafando. Ele reafirmou o suporte a uma transição pacífica e instou ao cumprimento do calendário de transição, incluindo as próximas eleições.

Conselho de Segurança

Os Estados-membros do Conselho de Segurança também emitiram uma nota fazendo um apelo similar. A todos os intervenientes, os países-membros do órgão pediram a realização de eleições livres, justas e credíveis agendadas para 11 de outubro.

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