ONU pede libertação imediata do presidente do Burquina Fasso
Enviado especial do secretário-geral para a África Ocidental foi despachado para a capital Ouagadougou; agências de notícias falam da nomeação de um novo líder, após a prisão do presidente e de vários membros do governo.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O secretário-geral das Nações Unidas e o Conselho de Segurança reagiram à "detenção forçada" do presidente do Burquina Fasso Michel Kafando, bem como do primeiro-ministro Isaac Zida e de vários membros do governo.
Em nota, Ban Ki-moon expressou indignação com o que chamou de "flagrante violação da Constituição" do país e da Carta de Transição. O seu representante especial para a África Ocidental, Mohamed Ibn Chambas, está no Burquina Fasso desde a quarta-feira "para apoiar e salvaguardar a transição".
Novo Líder
Esta quinta-feira, agências de notícias citam a imprensa oficial local dando conta da nomeação do chefe de Estado-Maior General do ex-presidente Blaise Compaoré como novo líder do país.
A medida seguiu-se à tomada do poder por oficiais da guarda presidencial na quarta-feira. A operação foi seguida de tiroteios e de protestos na capital, Ouagadougou.
Ban reiterou o apoio firme das Nações Unidas às autoridades de transição e ao Presidente Kafando. Ele reafirmou o suporte a uma transição pacífica e instou ao cumprimento do calendário de transição, incluindo as próximas eleições.
Conselho de Segurança
Os Estados-membros do Conselho de Segurança também emitiram uma nota fazendo um apelo similar. A todos os intervenientes, os países-membros do órgão pediram a realização de eleições livres, justas e credíveis agendadas para 11 de outubro.
O outro apelo é que seja respeitada a legítima aspiração do povo do Burkina Faso por uma transição pacífica. O Conselho condenou as detenções " nos termos mais fortes" e pediu a todos os intervenientes do país que se abstenham de qualquer tipo de violência.
Os membros do Conselho de Segurança expressaram seu forte apoio às autoridades de transição do Burquina Fasso e aos esforços de Mohamed Ibn Chambas em cooperação com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, a União Africana e os parceiros internacionais.
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