ONU e UA querem compromisso para fim de obstáculos políticos às eleições somalis
Comunicado conjunto pede que lideranças do país retomem diálogo; eleições foram adiadas antes de expirar mandato do presidente em 8 de fevereiro; organizações querem realização de pleito inclusivo o mais rapidamente possível.
O presidente da Comissão da União Africana e o secretário-geral das Nações Unidas apelam aos líderes somalis para que retomem o diálogo e trabalhem num espírito de compromisso para afastar os recentes obstáculos políticos às eleições.
A escolha do presidente do país do extremo leste africano deveria acontecer em 8 de fevereiro, mas foi adiada enquanto decorrem contatos sobre o processo de votação entre o chefe de Estado, Mohamed Abdullahi Mohamed, e os líderes regionais.
Paz e prosperidade
Em nota conjunta, os chefes da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat, e das Nações Unidas, António Guterres, defendem um pleito inclusivo a ser realizado “o mais rapidamente possível e respeitando o acordo obtido em 17 de setembro” passado.
As duas organizações reiteram o compromisso de continuarem a apoiar o governo e o povo da Somália no caminho para a paz e a prosperidade.
Faki Mahamat e António Guterres saúdam o povo e os líderes somalis pelos progressos dos últimos anos para estabilizar o país. Eles defendem que os ganhos conquistados "são um testemunho da firme determinação" popular em direção à paz e prosperidade duradoura, após décadas de instabilidade.
Negociações
As Nações Unidas já tinham manifestado preocupação com os atrasos nas eleições do país e o potencial de perturbações políticas, abrindo caminho para a exploração dessa situação por grupos armados. De acordo com agências de notícias, recentemente as milícias Al-Shabab ameaçaram atacar as urnas.
O Conselho de Segurança também lançou um apelo ao Governo Federal e aos estados regionais em favor da retomada urgente das negociações para que cheguem a um acordo sobre a realização de eleições o mais rápido possível.