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Covid-19: OMS considera “complexa e difícil” a suspensão de bloqueios BR

Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, Tedros Ghebreyesus.
ONU/ Elma Okic
Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, Tedros Ghebreyesus.

Covid-19: OMS considera “complexa e difícil” a suspensão de bloqueios

Saúde

Agência atua com governos para assegurar que principais medidas de saúde pública sejam observadas; Alemanha, Coreia do Sul e China tiveram aumento de casos no fim de semana; chefe da agência da ONU disse que levantamento é um desafio.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, considerou que a suspensão de bloqueios para evitar a rápida expansão do coronavírus em alguns países é uma questão tanto complexa como difícil. 

Falando esta segunda-feira, em Genebra, Tedros Ghebreyesus considerou essencial que essa medida seja tomada de forma lenta e constante para proteger vidas e meios de subsistência.

Subsistência

Até esta segunda-feira a agência notificou 4.013.728 casos confirmados e 278.993 mortes em 215 países e territórios.

As primeiras suspeitas do vírus surgiram no último dia do ano quando a cidade chinesa de Wuhan.
As primeiras suspeitas do vírus surgiram no último dia do ano quando a cidade chinesa de Wuhan., by OMS/J Sun

O chefe da agência citou casos como a Alemanha, a Coreia do Sul e na região de Wuhan na China, que relataram o aparecimento de casos de infeção pelo vírus. Ele disse que felizmente estes possuam sistemas para responder a qualquer ressurgimento nos casos.

A agência anunciou que atua com os governos para garantir que as principais medidas de saúde pública permaneçam em vigor para lidar com o desafio de suspender os bloqueios.

Mas Tedros defende que “até que haja uma vacina, o pacote abrangente de medidas é o nosso conjunto mais eficaz de ferramentas para combater o vírus”.

Ferramentas

O chefe da OMS, remeteu os países para as novas orientações destacando três perguntas-chave que os países devem fazer antes do levantamento dos bloqueios. A primeira é se a epidemia está sob controle.

Em segundo lugar devem avaliar se o sistema de saúde pode lidar com o ressurgimento de casos após o relaxamento de certas medidas e por fim se o sistema de vigilância em saúde pública poderá detetar, gerenciar os casos e seus contatos além de identificar um ressurgimento.

Na ocasião, especialistas enfatizaram estudos iniciais apontando níveis de anticorpos contra a doença abaixo do esperado na população em geral. Isso significa que a maioria das pessoas permanece suscetível a adoecer.

Rua habitualmente movimentada de Nairobi com menos gente para evitar alastramento de coronavirus.
ONU Quénia/Newton Kanhema
Rua habitualmente movimentada de Nairobi com menos gente para evitar alastramento de coronavirus.