República Democrática do Congo comemora sobrevivência ao ebola com recuperação de paciente número 1000
Em comunicado, emitido por várias agências das Nações Unidas, país celebra sucesso no enfrentamento ao vírus; surto iniciado em agosto de 2018 na província de Kivu Norte se espalhou rapidamente a outras partes da nação africana.
A República Democrática do Congo está comemorando neste 4 de outubro o sucesso de uma ação coordenada para combater um surto de ebola.
A notícia foi dada com a alta da paciente, Kavira, a de número 1000, que sobreviveu à doença.
Visita
O ebola, uma enfermidade altamente letal, começou em 1º de agosto de 2018, na província de Kivu Norte, e se espalhou por outras regiões da República Democrática do Congo.
Um esforço do país africano e de agências das Nações Unidas, além de outras entidades internacionais, ajudou a conter a doença.
Num comunicado, um grupo de agências da ONU elogiou o que chamou de “forte liderança” das autoridades congolesas e o esforço incansável de milhares de trabalhadores de saúde da RD Congo.
A parceria conseguiu salvar, pelo menos, mil vidas.
Certificado
O certificado de sobrevivente foi entregue à Kavira pelo próprio secretário-geral da ONU, António Guterres, durante sua visita ao país africano no início de setembro.
A paciente disse que pensava que ia morrer, mas que com a cura, está revigorada e quer retornar a sua aldeia para ajudar outras pessoas.
O ebola se espalhou para as províncias de Ituri e Kivu Sul em meio a sérios desafios causados por instabilidade política, insegurança, resistência, desconfiança, precários serviços de saúde e pela violência de grupos armados.
Em maio, deste ano, o Unicef, o Programa Mundial de Alimentos, a Organização Mundial da Saúde, a organização Save the Children e o coordenador de emergência para resposta ao ebola juntaram-se ao governo para acelerar a ação de combate à doença.
Vacina
O coordenador, David Gressly, afirmou que cada sobrevivente motiva o grupo a continuar, mas também representa um lembrete de que outras vidas foram perdidas.
Este é o surto mais longo de ebola na RD Congo. Uma vacina com 97.5% de eficiência ajudou a proteger 226 mil pessoas. E os novos tratamentos salvaram mais de 90% de pacientes que buscaram tratamento no início da infecção.
A cooperação com agências da ONU, outras organizações e o governo ajudou a abrir sete centros de tratamento contra o ebola.
As agências também estão trabalhando com comunidades e líderes religiosos para prevenir a infecção.
O Programa Mundial de Alimentos, PMA, está ajudando os sobreviventes com o fornecimento de comida, uma vez que muitos ficaram sem meios de subsistência após contraírem o vírus.