ONU pede “máxima contenção” após tumultos em Jammu e Caxemira
Secretário-geral está preocupado com “excesso de relatos sobre restrições” no lado indiano; nota alerta sobre possível agravamento da situação dos direitos humanos na região cuja administração é reclamada pela Índia e pelo Paquistão.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse que acompanha com preocupação a situação nas áreas de Jammu e Caxemira e pediu “máxima contenção” na região cuja administração é reivindicada pela Índia e pelo Paquistão.
Desde domingo, a Caxemira vive um bloqueio na sequência da revogação do estatuto de autonomia pela Índia.
Manifestações
Agências de notícias apontam que as comunicações ficaram bloqueadas, lojas fechadas e ruas desertas. Na região também aumentou a presença das forças de segurança e as restrições de movimentos, apesar da ocorrência de manifestações esporádicas em Srinagar.

A nota de António Guterres, publicada pelo seu porta-voz, destaca que “a posição das Nações Unidas sobre a região da Caxemira é regida pela Carta das Nações Unidas e pelas resoluções do Conselho de Segurança”.
O secretário-geral cita o Acordo de 1972 sobre as relações bilaterais entre a Índia e o Paquistão, também conhecido como Acordo de Simla. O documento afirma que o estatuto final de Jammu e Caxemira deve ser resolvido por meios pacíficos, de acordo com a Carta das Nações Unidas.
Direitos Humanos
O secretário-geral declarou que também está preocupado com o excesso de relatos sobre restrições no lado indiano da Caxemira, o que poderia exacerbar a situação dos direitos humanos na região.
O pedido de Guterres é que todas as partes se abstenham de tomar medidas que possam afetar o estatuto de Jammu e Caxemira.