Rádio terá destaque para comunicar em momento de eleições na Guiné-Bissau
Profissionais guineenses falaram à ONU News sobre o tema para marcar o Dia Mundial do Rádio; dias antes do início da campanha eleitoral, programas de diferentes emissoras apostam em interatividade destacando vida política.
O Dia Mundial do Rádio é comemorado este 13 de fevereiro, há três dias do início da campanha eleitoral para as eleições legislativas agendadas para 10 de março na Guiné-Bissau. Em disputa estão 102 lugares no Parlamento e os candidatos querem estar mais próximos dos seus eleitores.
A velocidade das ondas de rádio deve levar informação de 21 partidos políticos para cerca de 800 mil cidadãos guineenses. Em 2015, o país viveu uma crise institucional e a comunidade internacional tem apoiado a busca de uma solução sustentável para o tipo de situação.
Estabilização
Durante três semanas haverá espaços garantidos pela lei eleitoral para que os políticos divulguem os seus manifestos na Rádio Difusão Nacional.
A ONU News conversou com profissionais de rádio sobre o impacto deste meio de comunicação em momentos eleitorais no país. Garantir a realização do pleito faz parte do processo de estabilização apoiado pelas Nações Unidas.
Falando em Bissau, a vice-presidente do Sindicato Nacional dos Jornalistas, Fátima Tchuma Camará, fez um paralelismo entre o lema deste ano e o contexto pré-eleitoral que o país vive. Ela é também repórter da Rádio Difusão Nacional.
“Nós, enquanto profissionais, temos que redobrar o nosso esforço e concentrar a nossa bateria no essencial, no importante porque uma palavra mal colocada na rádio pode gerar polémica e fazer as comunidades descarrilarem”.
Diálogo, tolerância e paz é o tema da celebração do Dia Mundial do Rádio em 2019. A celebração foi proclamada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, Unesco.
Ideia
O jornalista Lassana Cassama, da Capital FM, explicou como a grelha de programação da rádio envolve as audiências neste momento eleitoral e ajuda a promover ações participativas movidas pela tolerância e paz.
“Temos uma programação muito interventiva, uma programação que vai em direção a uma abertura aos ouvintes. Todos os programas da Rádio Capital têm espaços de interação. Estes espaços ajudam o ouvinte a poder exprimir sua ideia, opinião.”
O também diretor da rádio ressaltou programas de análise, debate e interação alinhados à promoção do género, dos direitos humanos, das liberdades individuais e da integração das minorias.
A celebração do Dia Mundial do Rádio pretende expor como programas e entrevistas radiofónicas podem ajudar a entender temas atuais e promover o direito a educação, à saúde, a igualdade do género entre outras questões de interesse geral.