OMS apoia combate de febre lassa após morte de dezenas na África Ocidental
Nigéria confirmou mais de 200 casos e 42 mortos desde janeiro; Benim, Guiné Conacri, Libéria e Togo também recebem assistência para prevenir e controlar a doença hemorrágica.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, anunciou mais esforços para apoiar a resposta a surtos da febre lassa que foram declarados em cinco países da África Ocidental.
A Nigéria confirmou 213 casos e 42 mortes devido à doença hemorrágica viral aguda que afeta também afeta a região. A transmissão acontece após a exposição humana à urina, a fezes de ratos infetados, ou ainda entre humanos em comunidades e serviços de saúde.
Comunicação
Em território nigeriano, o total de vítimas corresponde a um terço dos pacientes reportados no pior surto que aconteceu no país, em 2018.
Este ano, pelo menos 12 pacientes já foram detetados nos vizinhos Benim, Guiné Conacri, Libéria e Togo. Duas pessoas morreram e existem mais casos suspeitos em investigação.

A OMS apoia as autoridades de saúde no rastreamento de contatos e distribui suprimentos médicos, além de recursos técnicos e financeiros para lidar com os casos em áreas como comunicação e logística.
Transmissão
As infeções acontecem fora da temporada da febre lassa nos países onde a doença é endémica. Para a agência, a “velocidade de transmissão é preocupante”.
A OMS criou um mecanismo de coordenação regional para que os países relatem qualquer caso suspeito visando agilizar o fluxo de informações sobre a doença.
As medidas de prevenção da febre lassa incluem a promoção de medidas de “higiene comunitária” para desencorajar a entrada dos roedores nas casas.
Outras ações incluem o armazenamento de alimentos como grãos em recipientes protegidos, o descarte do lixo longe das casas, a limpeza e o afastamento de gatos desses locais além de garantir um funeral seguro a quem possa ter morrido com a doença.
Infeções
Em instituições de saúde, os profissionais devem tomar precauções para a prevenção e controlo de infeções ao cuidar dos pacientes.
A agência destaca que 80% dos infetados não desenvolveram sintomas da febre lassa, mas um em cada cinco deles teria sintomas graves. Em média, a taxa de mortalidade é de 1%.
Entre os pacientes hospitalizados em estado grave, a taxa de letalidade é de 15%. A agência destaca que os antivirais são eficazes se administrados em fase precoce da doença que ainda não tem vacina.