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Agências as ONU alarmadas com impacto da febre de Lassa no Benim

Foto: OMS/M. Missioneiro

Agências as ONU alarmadas com impacto da febre de Lassa no Benim

Profissionais de saúde estão entre as 17 pessoas que perderam a vida; mais de 200 agentes de saúde controlam comunidades com apoio do Unicef e da OMS; auxílio inclui remédios para tratamento e material de proteção para técnicos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Agências das Nações Unidas estão alarmadas com as mortes causadas pelo surto da febre de Lassa no Benim. No país aumentam as ações de resposta de emergência para ajudar a impedir a propagação da doença que já fez 17 mortos.

Dois trabalhadores de saúde estão entre as pessoas que perderam a vida. Desde o início do surto em janeiro quatro casos foram confirmados e 52 são suspeitos. Uma criança de quatro meses é tratada na área de Tchaourou, no nordeste.

Vítimas

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, e a Organização Mundial de Saúde, OMS, criaram unidades de quarentena nas áreas afetadas para isolar e tratar as vítimas.

As agências mobilizaram cerca de 200 agentes comunitários de saúde para monitorizar as pessoas que tiveram contacto com os contaminados em todo o país.

Uma outra medida é a criação de um sistema de rastreamento para encontrar os que podem ter sido expostos à doença, que resulta do contacto humano com as fezes de roedores infetados.

Sintomas

A febre de Lassa também é transmitida através de fluidos corporais tais como sangue, urina, saliva ou esperma.

Os sintomas incluem febre, fadiga, vómitos, diarreia, dores de cabeça e dores abdominais. Se a doença não for tratada pode causar a morte.

As autoridades beninenses estão em alerta desde o início do ano após a morte de mulher grávida que tinha sintomas da doença. No mesmo hospital, situado no centro do Benim, seis profissionais de saúde tiveram os mesmos sintomas.

Noprincípio de fevereiro foram testadas mais casos pelo laboratório de referência da Nigéria, tendo sido confirmados três infetados.

O Unicef, a OMS atuam com parceiros humanitários e as autoridades para fornecer a Ribavirina, um medicamento conhecido pela eficácia contra a doença.

Equipamento de proteção individual é dado aos trabalhadores de saúde, que também são treinados para tratar, identificar e procurar pessoas que tiveram contacto com possíveis infetados.

Tratamento

Uma campanha de sensibilização está a ser difundida em rádios, televisões e internet para encorajar o público do país a procurar tratamento imediato depois de aparecerem os sintomas.

As pessoas também recebem informações essenciais para evitar a infeção com instruções para ações como lavar as mãos com água e sabão e limitar o contacto com pessoas que apresentem sinais da doença.

O último surto da febre de Lassa no Benim durou pouco mais de quatro meses e causou nove mortos em 16 casos confirmados entre 2014 e 2015.

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