Dia mundial alerta para crise sanitária no mundo

Cerca de 60% da população mundial não têm banheiro, ou casa de banho, segura; ONU destaca soluções sustentáveis para marcar este 19 de novembro, Dia Mundial do Toalete.
As toaletes, ou sanitas, salvam vidas, porque o desperdicio humano espalha doenças fatais. O Dia Mundial do Toalete, marcado esta segunda-feira, pretende chamar a atenção para a crise global de saneamento.
Segundo a ONU, cerca de 60% da população mundial, ou 4,5 bilhões de pessoas, não têm um banheiro seguro e 892 milhões ainda defecam a céu aberto.
As Nações Unidas dizem que o impacto da exposição a fezes humanas nesta escala tem um impacto arrasador sobre a saúde pública, as condições de vida e de trabalho, a nutrição, a educação e a produtividade econômica.
Em nota, a organização afirma que o mundo não está no caminho certo para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 6, que determina a disponibilidade e uso sustentável de saneamento e água para todos até 2030.
Este Objetivo quer assegurar que todos tenham um banheiro seguro e que ninguém pratique a defecação a céu aberto até 2030. A ONU diz que falhar com essa meta pode ameaçar toda a Agenda 2030.
O tema deste ano é “Quando a Natureza Chama”. A campanha explica que estamos “transformando nosso ambiente em um esgoto a céu aberto” e que é preciso “construir banheiros e sistemas de saneamento que trabalhem em harmonia com os ecossistemas.”
As Nações Unidas destacam soluções baseadas na natureza. Existem sistemas que aproveitam os ecossistemas para ajudar a tratar o desperdicio antes que ele regresse ao meio ambiente. Estas alternativas ajudam a proteger a vegetação, os solos e as zonas úmidas, incluindo rios e lagos.
Alguns exemplos são latrinas de compostagem, que capturam e tratam os resíduos produzindo fertilizantes que podem ser ajudados na agricultura, ou zonas úmidas e canaviais feitos pelo homem que filtram as águas residuais antes de serem libertadas nos cursos de água.