Falta de saneamento básico mata 700 crianças abaixo de cinco anos por dia
Este 19 de novembro é o Dia Mundial do Toalete; secretário-geral das Nações Unidas afirma que saneamento básico é um direito humano essencial; quase metade da população global não possui o serviço.
As Nações Unidas marcam o Dia Mundial do Toalete nesta sexta-feira. Este ano, uma campanha da ONU reforça a importância dos sistemas de saneamento, muitas vezes negligenciados e subfinanciados.
As consequências da má administração são “perigosas”, como destaca o secretário-geral, António Guterres. Ele lembra que mais de 3,6 bilhões de pessoas vivem sem saneamento básico, o que representa quase 50% da população global.
Investimento
Guterres afirmou que cada US$ 1 investido em infraestrutura traz uma economia de US$ 5 em custos de saúde pública, além de melhorias na educação e geração de empregos.
Segundo a ONU, a falta de recursos dedicados à cadeia de saneamento básico gera impactos negativos na saúde, no meio ambiente e no desenvolvimento econômico.
Globalmente, cerca de 2 bilhões de pessoas consomem água contaminada. Todos os dias, aproximadamente 700 crianças abaixo de cinco anos morrem de doenças como diarreia e outras infecções causadas por falta de saneamento e consumo de água imprópria.
Dessa forma, António Guterres reforçou que o saneamento básico é um direito humano essencial e salva vidas, além de fortalecer a igualdade de gêneros.
Histórico
Para as Nações Unidas, o acesso ao saneamento é também uma questão de dignidade e segurança, principalmente para as mulheres.
Buscando romper o tabu sobre a questão, uma resolução foi declarada em 2013 para que os Estados-Membros implementassem políticas para aumentar o saneamento.
O texto também convida a sociedade civil a fomentar a conscientização sobre o tema e implementar ações, principalmente para o uso racional de água e tratamento adequado de esgoto.