OIM quer US$ 1 milhão para apoiar congoleses deslocados e deportados de Angola
Montante também deve dar ajuda a curto prazo a pessoas que enfrentam deslocamento na RD Congo; agência apela a busca de soluções duradouras para movimentação de congoleses.
A Organização Internacional para as Migrações, OIM, precisa de US$ 1 milhão para atender às necessidades mais urgentes de 200 mil congoleses. O valor deve ajudar a lidar com causas profundas do deslocamento na República Democrárica do Congo, RD Congo, e apoiar pessoas recentemente deportadas de Angola.
![Refugiados congoleses na província de Lunda Norte, em Angola. Refugiados congoleses na província de Lunda Norte, em Angola.](https://global.unitednations.entermediadb.net/assets/mediadb/services/module/asset/downloads/preset/assets/2017/05/27245/image560x340cropped.jpg)
A agência considera essencial encontrar soluções duradouras para apoiar estes cidadãos a curto prazo, em nota emitida na cidade congolesa de Kamako.
Deportação
Milhares de pessoas já receberam ajuda humanitária da OIM após terem saído do território angolano. A operação de deportação começou em 1º de outubro e a maioria de retornados vivia na província fronteiriça da Lunda Norte.
Em território congolês, Kamako é o principal local onde os congoleses estão concentrados. A cidade da província de Kassai tem cerca de 200 mil refugiados que entraram ao país dos postos fronteiriços de Kamako, Mayanda, Tshimbulu e Kabungu.
A OIM atua com as autoridades congolesas fornecendo alimentos e assistência médica dando prioridade a doentes, feridos ou pessoas em situação de fragilidade.
O responsável de operações da agência na RD Congo, Emery Kinaga, disse que a maior preocupação é com o bem-estar dos menores desacompanhados, mulheres grávidas e lactantes que retornam ao território congolês.
Retorno Voluntário
A agência menciona relatos de incidentes, que incluem casos de familiares separados devido à situação que levou ao retorno voluntário de mais de 20 mil congoleses às províncias de Kassai, Kwango e Congo Central.
A OIM é a única agência operando em Kamako onde distribui alimentos, água, artigos de saneamento e higiene para a emergência. Com o auxílio médico e apoio em transporte, a ideia é que as pessoas sigam ao seu destino com maior segurança.
A maioria dos deportados trabalhava na indústria artesanal de mineração de diamantes.