Enviado da ONU fala de próximos passos das consultas sobre o Iêmen
Representante das Nações Unidas disse que ausência do grupo da oposição Ansarullah-Houthi em Genebra não deve impedir avanço do processo; mediador acredita que ambiente para discussões é “bastante positivo".
O enviado especial das Nações Unidas sobre o Iêmen, Martin Griffiths, falou este sábado a jornalistas sobre o fim das consultas realizadas esta semana para buscar uma solução para o conflito no país.
Na entrevista, em Genebra, o enviado disse haver um clima positivo para a construção de confiança entre as partes do processo, apesar da presença de apenas uma delegação e da insegurança no terreno.
Progressos
Durante três dias, a cidade suíça acolheu reuniões entre o enviado e os representantes do governo. Para Griffiths, os encontros foram “frutíferos” e resultaram em progressos nas chamadas medidas para reforçar a confiança.
Os temas debatidos incluem a libertação de prisioneiros, a reabertura do Aeroporto de Sanaa, as questões econômicas e o acesso humanitário a “áreas possíveis”, além de pausas nos confrontos para permitir que continue a vacinação das crianças.
Para Griffiths, a “verdade incômoda” é que a delegação do grupo Ansarullah-Houthi não apareceu na cidade suíça. Para ele, esse fato não será capaz de impedir o avanço do processo.
Ambiente
Griffiths disse que o mais importante é que começaram as consultas e que o ambiente para as discussões é “bastante positivo".
O enviado explicou que tanto o povo do Iêmen quanto a comunidade internacional estavam “extraordinariamente unidos” por um desfecho bem-sucedido do diálogo. A meta de Griffiths é realizar um encontro com representantes houthis em Muscat, Omã, e em Sanaa, a capital do Iêmen.
O enviado disse haver disposição da delegação dos houthis de se engajar no processo político organizado pela ONU, após longas discussões realizadas na semana passada com seus representantes em Sanaa e em Muscat.