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FAO assina acordo para combater a praga da lagarta do cartucho do milho

O setor agrário moçambicano tem como base a agricultura familiar.
ONU Mozambique/Emídio Josine
O setor agrário moçambicano tem como base a agricultura familiar.

FAO assina acordo para combater a praga da lagarta do cartucho do milho

Desenvolvimento econômico

O acordo tem financiamento do Usaid no valor de  US$ 5,6 milhões  e vai benefeciar cerca de 300 mil produtores do setor familiar, ONG’s empresas de agro-processamento e instituições académicas.

O setor agrário moçambicano, que tem como base a agricultura familiar, é afetado pelo pouco uso de variedades adequadas, associado ao impacto das pragas e doenças de animais e plantas.  A praga da lagarta do cartucho do milho é uma das preocupações para Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO e do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar, Masa.

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Estas instituições assinaram, na quinta-feira, um acordo para o combate à praga, também conhecida como lagarta do funil do milho, e o início de um novo projeto de apoio aos pequenos produtores em nível nacional.

Pragas e doenças

O representante da FAO em Moçambique, Olman Serrano, destacou a importância do acordo.

“O projeto, financiado pela Usaid terá a duração de quatro anos (2018-2022) e um orçamento equivalente a 5,6 milhões de dólares americanos. Os resultados que se esperam deste projecto são o reforço da capacidade do Masa e de outros intervenientes para a monitoria e controle de pragas e doenças dos animais; assim como nas práticas sustentáveis ​​de gestão integrada para o controle de pragas e doenças transfronteiriças, particularmente a Lagarta do Funil do Milho.”

Já a diretora interina de Missão da Usaid, entidade financiadora, Sheryl Stumbras, está otimista com a aplicação dos fundos.

“Estamos confiantes de que Moçambique vai superar os desafios do setor agrícola e continuar numa trajetória positiva em direção à segurança alimentar, melhoria da renda e diminuição da pobreza.”

Projeto

O representante da FAO citou também a metodologia a ser aplicada e a importância do envolvimento de vários parceiros.

“Serão produzidos e disseminados, em massa, materiais de sensibilização, além disso, conduzidas formações sobre a gestão da Lagarta do Funil do Milho para extensionistas e outros técnicos, bem como para produtores, por meio da metodologia da Escola na Machamba do Camponês. O sucesso deste tipo de trabalho requer uma boa coordenação entre os diferentes parceiros, na busca de soluções conjuntas, sustentáveis do ponto de vista financeiro e ambiental, e acessíveis para o pequeno produtor”

Cerca de metade do subsídio será gasto no plano de mitigação da praga, criado pelo Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar e pela FAO.

Os fundos remanescentes serão usados, em parte, para pesquisa e programas de vacinação em doenças do gado, como a febre aftosa em bovinos e a doença de aves de capoeira, realizados no Instituto de Investigação Agrária de Moçambique.