Secretário-geral saúda acordo assinado entre partes em conflito no Sudão do Sul
Documento foi firmado no domingo entre o presidente do país africano, o chefe do principal grupo rebelde e ex-presidente, além de outros; António Guterres reafirma apoio das Nações Unidas para um acordo de paz justo, inclusivo e sustentável.
O secretário-geral da ONU saudou, esta segunda-feira, a assinatura de um acordo entre as partes em conflito no Sudão do Sul.

O presidente do país, Salva Kiir, o chefe do principal grupo rebelde, Riek Machar, e ex-presidente sul-sudanês, além de outras partes assinaram um acordo de cessar-fogo e de partilha de poder, este domingo, em Cartum, capital do Sudão.
Destaque
Em nota, António Guterres diz que o documento “é um passo importante na revitalização do Acordo de Resolução do Conflito do Sudão do Sul”.
O chefe da ONU destacou a liderança do Fórum de Alto Nível de Revitalização, Hlrf, na sigla em inglês, que foi promovido pela Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento, Igad, na sigla em inglês.
Guterres lembrou ainda os esforços da Republica do Sudão para negociar um acordo político inclusivo para o conflito.
Colaboração
Lembrando acordos anteriores, o secretário-geral pediu que “todas as partes atuem com boas intenções e mostrem o seu compromisso para cumprir o acordo o mais cedo possível.”
Guterres também reafirmou o apoio das Nações Unidas e disse que a organização continua a trabalhar com organizações locais e a União Africana “para alcançar um acordo de paz justo, inclusivo e sustentável para o povo do Sudão do Sul.”
Lembre aqui a participação de um soldado da paz brasileiro no Sudão do Sul:
Governo
Em entrevista à ONU News, o representante especial do secretário-geral no país, David Shearer, considerou o acordo como um “ponto de partida”.
Shearer disse que o novo governo de unidade nacional vai ter cinco vice-presidentes, como forma de incluir todas as facções em disputa.
Segundo ele, “a questão agora é como o acordo vai funcionar e se vai funcionar.”
O Sudão do Sul é o país mais jovem do mundo, tendo se tornado independente do Sudão há sete anos. A guerra civil começou em dezembro de 2013, dois anos após a independência.