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Após anos de declínio, aumentam vítimas de minas terrestres e outros explosivos

Limpeza de minas no Sudão do Sul. Foto: ONU/JC McIlwaine

Após anos de declínio, aumentam vítimas de minas terrestres e outros explosivos

Paz e segurança

Nações Unidas estimam que 8,5 mil pessoas morreram ou ficaram feridas com o tipo de engenhos em 2017; crianças foram 25% dos mais de 2 mil mortos nesse período.

Cerca de 8,5 mil pessoas morreram ou ficaram feridas por causa de minas terrestres e outros explosivos em 2017. O número corresponde ao dobro das vítimas registadas há quatro anos em todo o planeta.

Dos mais de 2 mil mortos por esses engenhos quase um quarto eram crianças, segundo o secretário-geral assistente da ONU para o Estado de Direito e Instituições de Segurança.

Declínio

Falando nesta sexta-feira no Conselho de Segurança, Alexandre Zouev disse que esses dados revelam que as vítimas  aumentaram após vários anos de declínio e apesar dos esforços internacionais.

 

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UN Photo
Minas terrestres.Foto:

O representante citou o relatório anual da Campanha Internacional para Proibição de Minas Terrestres ao chamar a atenção do órgão para a "tendência infeliz" causada pelos conflitos e pelo difícil acesso a áreas minadas onde há confrontos.

Zouev considerou ainda que “o número real de vítimas pode ser muito maior”, tendo em conta as dificuldades de reunir dados em áreas marcads por conflitos ativos.

Importância

A sessão do Conselho avaliou os progressos alcançados nessa área desde que foi adotada a primeira resolução independente sobre ações contra minas, no ano passado.

A Resolução 2365 destaca a importância de incluir a ação contra minas ainda no principio do planejamento das operações de manutenção da paz e de  resposta humanitária.

Zouev explicou que a ação contra minas é essencial não apenas para salvar vidas, mas como um “precursor da consolidação da paz, da estabilização e do desenvolvimento sustentável”.

Para o secretário-geral assistente, também é fundamental garantir a segurança do pessoal da ONU que atua no terreno. Em 2017, cerca de 60 soldados de paz morreram em incidentes envolvendo explosivos.

Apresentação: Eleutério Guevane.