Ban: Síria e Mali são novas fronteiras para combater minas terrestres
Dia Internacional da Conscientização sobre Minas é neste 4 de abril; dispositivos matam de 15 a 20 mil pessoas por ano.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.*
No Dia Internacional da Conscientização sobre Minas, o Secretário-Geral ressalta que “eliminar a ameaça de minas e explosivos que sobraram das guerras é um esforço crucial para o avanço da paz, do desenvolvimento e para apoiar nações em transição, além de salvar vidas.”
Segundo Ban Ki-moon, as Nações Unidas continuam a dar assistência para milhões de pessoas no Afeganistão, no Camboja, na Colômbia, no Líbano e outros países. Mas ele pede mais progressos, lembrando que “novas fronteiras para ação surgiram nos últimos anos”.
Angola
Ban cita especificamente a Síria e o Mali, onde “o impacto humanitário devastador do uso de explosivos em áreas populosas” é cada vez maior.
Angola é uma das nações que ainda não estão livres das minas terrestres. Em Lucusse, no leste do país, Marie Mohlerova contou à Rádio ONU que faltam mapas indicando onde os explosivos foram colocados, o que aumenta o perigo para a população.
“O impacto humanitário nas comunidades é grande. As minas e outros engenhos não-detonados representam tanto uma ameaça física e psicológica, mas também impedem o desenvolvimento mais amplo das comunidades que têm que viver com essa realidade.”
Mortes
Segundo o Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, as minas terrestres matam entre 15 mil e 20 mil pessoas por ano, além de deixar inúmeros civis feridos no mundo todo.
A estratégia das Nações Unidas contra minas para o período 2013-2018 inclui uma série de passos para um “mundo mais seguro, onde indivíduos e comunidades possam conquistar o desenvolvimento sócio-econômico e onde sobreviventes sejam vistos com igualdade pela sociedade”.
O Secretário-Geral reafirmou o compromisso em eliminar minas e outros explosivos. Ban lembra que 161 países-membros são parte da Convenção de Proibição de Minas Antipessoais.
*Com reportagem de Herculano Coroado, em Angola.