OIM avalia causas do naufrágio que matou dezenas na Tunísia

Maioria de migrantes era da Tunísia e queria chegar à Europa; Organização Internacional para Migrações informou que está muito preocupada com a situação.
A Organização Internacional para Migrações, OIM, está muito preocupada com o naufrágio em Kerkennah, na Tunísia, que causou pelo menos 100 mortos e desaparecidos na madrugada de domingo.
Segundo a agência da ONU, os migrantes tinham como destino a Europa e estavam numa embarcação frágil e sobrecarregada. Cerca de 68 pessoas sobreviveram.
A chefe da Missão da OIM na Tunísia, Lorena Lando, disse que "não há palavras para descrever essa tragédia." A responsável explicou que "por trás desses números, existem homens, mulheres e crianças que perderam as suas vidas enquanto perseguiam um sonho incerto”.
Os 68 sobreviventes incluem 60 cidadãos da Tunísia, do Marrocos, um líbio, um maliano, um camaronês e três migrantes da Cote d’Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim.
Segunda a OIM, os migrantes pagaram entre 700 e 1000 Euros pela travessia. O barco de pesca que os transportava deixou a costa no sábado e no início da madrugada de domingo começou a afundar.
As autoridades marítimas do Exército da Tunísia e da Guarda Nacional responderam ao pedido de socorro. O barco estava a oito quilômetros da costa.
Após o resgate, a equipe da OIM prestou assistência de emergência e forneceu apoio psicológico aos sobreviventes, em colaboração com o Ministério da Saúde, o Crescente Vermelho, autoridades locais e outros parceiros.
Lorena Lando diz que “a OIM continua a reunir informações sobre a tragédia e a avaliar maneiras de apoiar os sobreviventes”.
As operações de busca e salvamento continuam, na esperança de resgatar sobreviventes e recuperar os corpos.
Entre 1 de janeiro e 30 de abril deste ano, a OIM identificou 1.910 imigrantes da Tunísia que chegaram à costa da Itália incluindo 293 menores não desacompanhados.
Apresentação: Alexandre Soares