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Relator de direitos humanos saúda libertação de prisioneiros da Coreia do Norte

Relator especial omas Ojea Quintana.
UN Photo/Rick Bajornas
Relator especial omas Ojea Quintana.

Relator de direitos humanos saúda libertação de prisioneiros da Coreia do Norte

Direitos humanos

Três americanos detidos no país chegaram aos Estados Unidos na quarta-feira; relator afirma que avaliação de sistema penitenciário vai tornar-se inevitável.

A libertação de três prisioneiros americanos pela Coreia do Norte é “mais uma peça importante na perspectiva de paz” entre as duas Coreias, afirmou esta quinta-feira um especialista de direitos humanos da ONU.

Em nota, o relator especial de direitos humanos das Nações Unidas para a Coreia do Norte*, Tomás Ojea Quintana, disse acreditar que estes homens “estavam sob prisão arbitrária e impedidos de usufruir das suas liberdades fundamentais. ”

Libertação

Segundo agências de notícias, os três homens de cidadania americana chegaram aos Estados Unidos na quarta-feira, acompanhados pelo secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo.

Quintana felicita esta “importante decisão do governo” da Coreia e espera que “ofereça uma oportunidade para continuar a resolver preocupações com direitos humanos e preocupações humanitárias.”

Uma nota do Escritório do Alto Comissário para os Direitos Humanos informa que Kim Hak Song, Kim Sang-duk (conhecido como Tony Kim) e Kim Dong-chul estavam entre vários estrangeiros detidos no país nos últimos anos.

Na mesma nota, Quintana pede à Coreia do Norte que liberte seis cidadãos da Coreia do Sul, incluindo três líderes religiosos, que continuam detidos.

O relator diz estar “preocupado com notícias de que estes presos estrangeiros não tiveram direito a um processo legal e são mantidos em condições desumanas sem acesso consular.”

Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un.
Inter-Korean Summit Press Corps
Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un.

Processo de paz

Os líderes da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e da Coreia do Norte, Kim Jong-un, realizaram uma cimeira no mês passado.

Quintana explica que “à medida que as conversações de paz progridem, uma avaliação exaustiva de todo o sistema penitenciário da Coreia do Norte vai tornar-se inevitável.”

O relator especial visitará a Coreia do Norte na primeira semana de julho. Um relatório sobre a viagem será apresentado à Assembleia Geral em outubro deste ano.

Programa Mundial de Alimentos

Em nota separada, o Programa Mundial de Alimentos, PMA, realiza uma visita oficial à Coreia do Norte até esta sexta-feira. O objetivo é avaliar as iniciativas e parcerias com a nação asiática na distribuição de comida.

No momento, a agência enfrenta desafios de financiamento na Coreia do Norte.

O objetivo da agência é assistir 650 mil mulheres e crianças na Coreia do Norte todos os meses com cereais fortificados e biscoitos nutritivos que possam atender às necessidades alimentares da população.

 

*Os relatores de direitos humanos são independentes das Nações Unidas e não recebem salário por sua atuação junto ao Conselho de Direitos Humanos.