Cerca de 130 mil pessoas já deixaram Ghouta Oriental na Síria
ONU diz que necessidades humanitárias continuam a ser muito altas; organização considera obrigatório que civis possam regressar assim que possível.
Cerca de 130 mil pessoas deixaram Ghouta Oriental, na Síria, depois de semanas de confrontos, anunciou esta segunda-feira a ONU.
O porta-voz do secretário-geral, Stephane Dujarric, disse que “a ONU e os parceiros estão a responder às crescentes necessidades humanitárias, com comida, abrigo, serviços de saúde e outros tipos de proteção.”
Acesso
Os parceiros humanitários continuam a entregar ajuda, através da organização Crescente Vermelho chegando a locais de Ghouta Oriental como Ain Tarma, Saqba e Harasta.
Apesar disso “as necessidades continuam a ser muito altas.” No início do ano, viviam nesta zona cerca de 400 mil pessoas. A região está cercada desde 2012.
Segundo Dujarric, as Nações Unidas “continuam a pedir um acesso seguro, desimpedido e sustentável a todos os que precisam de ajuda.” Para a ONU, “a evacuação de civis deve ser segura, voluntária e para um local da sua escolha.”
Deslocados internos
O porta-voz considera ainda “obrigatório que os civis tenham o direito de regresso assim que a situação o permita.”
Na cidade de Afrin, a ONU “continua preocupada com a segurança e proteção de civis atingidos pelas hostilidades e restrições de movimento.”
Nas últimas semanas, cerca de 137 mil pessoas fugiram desta cidade e encontraram refúgio em Tal Refaat e nas vilas mais próximas. Segundo a ONU, no entanto, “os combates têm se intensificado” nestas zonas e “representam novos riscos para os civis na região.”
Apresentação: Alexandre Soares