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Em reunião sobre desenvolvimento, Guterres diz que muitos estão esquecidos

Ecosoc debaterá como enfrentar os desafios do pós-pandemia e a atuação em benefício dos mais pobres
Foto ONU: Eskinder Debebe
Ecosoc debaterá como enfrentar os desafios do pós-pandemia e a atuação em benefício dos mais pobres

Em reunião sobre desenvolvimento, Guterres diz que muitos estão esquecidos

Assuntos da ONU

Secretário-geral da ONU afirma que há ameaças sérias à Agenda 2030, de desenvolvimento sustentável; segundo Guterres, sistema de desenvolvimento precisa de reformas.

O secretário-geral das Nações Unidas disse esta quarta-feira que demasiadas pessoas “estão a ser deixadas para trás.” António Guterres falava na abertura do encontro anual do Conselho Económico e Social da ONU, Ecosoc.

No discurso, o chefe da ONU explicou que o mundo está a enfrentar uma crise de legitimidade e confiança, com base em receios legítimos.

Desigualdade

Guterres explicou que “continua a ser menos provável que as mulheres participem no mercado de trabalho” que os homens, que “o desemprego jovem está a níveis alarmantes” e que “as desigualdades são desenfreadas, colocando pressão no tecido social até ao ponto de ruptura.”

Segundo ele, essa realidade causa frustação e instabilidade e, por isso, “é necessária uma economia global que trabalhe para todos e crie oportunidades para todos.”

Agenda 2030

António Guterres afirmou que a erradicação da pobreza continua a ser grande prioridade da ONU e que a Agenda 2030 é o caminho para alcançar esse objetivo.

O secretário-geral mencionou um conjunto de propostas para melhorar a presença da ONU no terreno, com o objetivo de tornar a resposta “mais coerente, eficiente e eficaz.”

O objetivo, segundo ele, é que o sistema de desenvolvimento da ONU seja “um parceiro ainda mais forte para a população mundial.”

Oportunidade

O vice-presidente do Ecosoc, Marc Pecsteen de Buytswerve, disse na abertura do encontro que a reforma da ONU “é uma oportunidade única para criar um sistema que responda aos compromissos do mundo.”

Buytswerve agradeceu a Guterres pela determinação de “assumir um desafio que não é fácil” e terminou dizendo que cabe aos estados membros “ser igualmente arrojados na sua vontade de transformar o sistema.”