Jogadora Marta e ativista Graça Machel são defensoras dos ODSs
Estrela de futebol brasileira e ativista de direitos humanos de Moçambique fazem parte de grupo de 17 defensores dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; lista inclui empresários, artistas políticos e ativistas.
O secretário-geral da ONU anunciou esta quinta-feira o novo grupo de 17 defensores dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODSs. Os Estados-membros têm os próximos 11 anos para alcançar as metas da Agenda 2030.
António Guterres renova a nomeação de 11 defensores, como o da moçambicana Graca Machel, e aponta seis novas personalidades, como a jogadora brasileira Marta Vieira da Silva.
Lusófonos
Marta já era embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres. A igualdade de gênero é o ODS número 5.
Em nota, a atleta disse que “o esporte é uma ferramenta fantástica para o empoderamento.” Segundo a jogadora, “através do esporte, mulheres e meninas podem desafiar normas socioculturais e estereótipos de gênero e aumentar sua autoestima.”
De Moçambique, Graça Machel foi apontada para continuar no cargo. A viúva de Nelson Mandela é também membro do grupo de antigos líderes conselheiros das Nações Unidas, The Elders.
Missão
Em nota, o gabinete do secretário-geral disse que “os princípios que estão no centro dos ODSs são também os que impulsionam a nova classe de defensores.”
Segundo a mesma nota, estas 17 personalidades “estão empenhadas” e pretendem “inspirar uma maior ambição e pressionar para conseguir uma ação mais rápida.”
O secretário-geral afirmou que o mundo tem “as ferramentas para responder às questões colocadas pelas mudanças climáticas, pressão ambiental, pobreza e desigualdade”, mas “as ferramentas não são úteis se não forem usadas.”
António Guterres afirmou que o seu apelo, hoje e todos os dias, “é claro e simples.” Segundo ele, é preciso “mais ação, mais ambição e mais vontade política.”
Membros
Fazem parte do grupo políticos, empresários, artistas e ativistas.
Entre eles, estão o ator Forest Whitaker, enviado especial da Unesco para a Paz e Reconciliação e Nádia Murad, a ativista que recebeu o prêmio Nobel da Paz em 2018.
Outros defensores são o presidente do Gana, Nana Addo Dankwa Akufo-Addo, a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, o empresário Jack Ma, o realizador Richard Curtis ou a ativista Alaa Murabit.
Erna Solberg, que assume a co-presidência do grupo, disse que, unindo forças, "é possível transformar a esperança em realidade, e não deixar ninguém para trás."
O presidente do Gana, que também preside o grupo, afirmou que “este é um momento de grande esperança para o mundo.” Segundo Akufo-Addo, “trabalhando juntos de forma inteligente, é possível tirar milhões da pobreza e expandir significativamente os serviços sociais básicos para muitos mais.”