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Atriz Cate Blanchett diz que 2018 pode ser ano decisivo para refugiados BR

Cate Blanchett falou a centenas de funcionários do Acnur, em Genebra. Foto Acnur: Susan Hopper

Atriz Cate Blanchett diz que 2018 pode ser ano decisivo para refugiados

Embaixadora da Boa Vontade da Agência da ONU para Refugiados, Acnur, visitou sede da organização em Genebra e afirmou que Acnur é uma espécie de bússola moral nos tempos atuais.

Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.*

O ano de 2018 pode ajudar a virar o jogo no tema dos refugiados.

A declaração foi feita pela atriz Cate Blanchett. Ela é embaixadora da Boa Vontade da Agência da ONU para Refugiados, Acnur.

Deslocamentos recordes

Em visita à sede da agência em Genebra, a atriz australiana conversou com centenas de funcionários e afirmou que se sentia impactada, mas também enriquecida pelo trabalho.

Segundo Blanchett, o Acnur é uma espécie de bússola moral em época de deslocamentos recordes.

Desde que assumiu seu papel como embaixadora da agência, em 2014, a ganhadora de dois prêmios Oscar já visitou vários acampamentos de refugiados e conheceu a história de dezenas de pessoas. Como o caso desta mulher síria sobre quem gravou este testemunho.

Ação global

Segundo ela, uma vez que se começa a trabalhar com o Acnur não é possível mais abandonar a tarefa. Blanchett lembrou do drama de quem vive em conflitos que vão da Síria a Bangladesh passando pelo Sudão do Sul.

Ela destacou que, atualmente, mais de 65,6 milhões de pessoas vivem fora de suas casas, e deste total, 21 milhões são refugiados.

Para a atriz, é revoltante ver a falta de ação global para reverter os fatores que levaram à crise mundial de deslocados internos. Ela disse que os números são inacreditáveis.

Esperança

Cate Blanchett já visitou refugiados no Líbano e na Jordânia, que tiveram que fugir da guerra na Síria. Ela reconheceu o trabalho de funcionários do Acnur no terreno e como eles levam esperança aos refugiados.

Blanchett também se encontrou com famílias solicitantes de asilo que foram transferidas pela Austrália para as Ilhas Natal, para Nauru e Papua Nova Guiné.

Ela acredita que este ano pode ser decisivo especialmente pelo papel do Acnur em promover uma resposta mais justa e sustentável à crise de refugiados em todo o mundo.

*Apresentação: Eleutério Guevane.

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