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ONU escolhe jurista argelina para chefiar Missão de paz na RD Congo

Leila Zerrougui. Foto: ONU/Manuel Elias (arquivo)

ONU escolhe jurista argelina para chefiar Missão de paz na RD Congo

Assuntos da ONU

Leila Zerrougui sucederá Maman Sidikou, do Níger, a partir do próxiom mês;  nos últimos cinco anos, ela foi representante do secretário-geral para Crianças em Conflitos Armados, e trabalhou na sede da ONU em Nova Iorque.

Leila Zerrougui sucederá Maman Sidikou, do Níger, a partir do próxiom mês;  nos últimos cinco anos, ela foi representante do secretário-geral para Crianças em Conflitos Armados, e trabalhou na sede da ONU em Nova Iorque.

Manuel Matola, da ONU News em Nova Iorque.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, nomeou Leila Zerrougui como sua nova respresentante especial e chefe da Missão de Estabilização da ONU na República Democrática do Congo, Monusco.

A jurista argelina sucederá Maman Sidikou, do Níger, que termina a missão em janeiro de 2018, e a quem o secretário-geral da ONU agradeceu pela liderança e serviço prestado enquanto chefe da Monusco.

Crianças

Zerrougui já havia trabalhado no país africano como representante especial adjunta na Missão da ONU entre 2008 e 2012. Ela passou os últimos cinco anos em Nova Iorque como representante especial para Crianças em Conflitos Armados.

Em nota emitida esta quarta-feira, o porta-voz de Guterres refere que a nova chefe da Monusco é especialista em Direitos Humanos e Administração da Justiça e tem mais de 30 de experiência de carreira na área do Direito e de proteção de civis, bem como um registo comprovado de gestão e liderança.

O porta-voz do chefe da ONU lembra a carreira distinta que Zerrougui teve no fortalecimento do Estado de Direito e na defesa de estratégias e ações para a proteção de grupos vulneráveis, especialmente mulheres e crianças.

Professora

De 2001 a 2003, a antiga professora na Escola Superior de Magistratura da Argélia foi membro do Grupo de Trabalho sobre detenção arbitrária no âmbito do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, onde chegou a exercer o cargo de presidente-relatora do órgão.

Antes de ocupar postos internacionais, a nova chefe da Monusco também exerceu um cargo no Supremo Tribunal argelino no ano 2000.