Perspectiva Global Reportagens Humanas

Monusco diz que há negociações políticas para repatriar membros do M23

General Carlos Alberto dos Santos Cruz. Foto: ONU/Kim Haughton

Monusco diz que há negociações políticas para repatriar membros do M23

Em entrevista à Rádio ONU, general Carlos Alberto dos Santos Cruz afirmou que situação da RD Congo melhorou, mas que ainda há grupos armados no leste; militar brasileiro participa de encontro com comandantes de Missões de Paz na sede da ONU.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O chefe da Missão de Estabilização da ONU na República Democrática do Congo, Monusco, afirmou que a situação no país está melhor, mas que ainda há grupos armados no leste.

Em entrevista à Rádio ONU, o general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz falou sobre a situação no país africano e afirmou haver negociação política para repatriar rebeldes do grupo M23.

Segurança

“Houve uma melhora na situação, mas ainda existem muitos grupos armados no leste. O M23 foi derrotado numa luta muito difícil no ano passado e eles se refugiram, fugiram, pra Uganda, alguns estão em Ruanda, e existe agora uma negociação política para que eles sejam repatriados. Então, é um momento mais de negociação política. Os outros grupos, não. Os outros grupos ainda são grupos que nós temos que enfrentar no terreno para proteger a população.”

O general afirmou que a “ONU procura sempre equipar as missões em condições de cumprir as matérias que têm que ser cumpridas no terreno”. Ele falou também sobre a cooperação com as Forças Armadas do país e a comunidade internacional.

“O Congo é um dos maiores países do mundo em extensão. Nós temos problemas em aproximadamente 2 mil km de extensão, mais de 30 grupos armados, então tem que ser um ou dois de cada vez. Não dá pra enfrentar todos eles de uma vez só. E o outro problema é ocupar este espaço todo. Tem que ser com uma ação, uma estratégia, junto com as Forças Armadas do Congo porque é impossível para nós ocupar um espaço dessa dimensão.”

Ébola

O general também mencionou o ébola e disse que não há casos registados da doença na região em que está a maioria das forças da ONU.

O chefe da Monusco falou à Rádio ONU na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, onde está a participar de encontro anual com todos os comandantes de Missões da ONU.