Perspectiva Global Reportagens Humanas

Conselho de Segurança não adota resolução sobre Jerusalém BR

Conselho de Segurança vota resolução sobre Jerusalém. Foto: ONU/Kim Haughton

Conselho de Segurança não adota resolução sobre Jerusalém

Estados Unidos vetam texto, que pedia aos países para não estabelecerem missões diplomáticas em Jerusalém e que afirmava que qualquer ação que alterasse a composição demográfica da cidade não teria efeito legal.

Estados Unidos vetam texto, que pedia aos países para não estabelecerem missões diplomáticas em Jerusalém e que afirmava que qualquer ação que alterasse a composição demográfica da cidade não teria efeito legal.

Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.

O Conselho de Segurança da ONU não conseguiu aprovar, na segunda-feira, uma resolução que refletia a posição do órgão sobre “decisões recentes ligadas ao status de Jerusalém”.

O texto foi apresentado pelo Egito, mas a proposta recebeu voto contra dos Estados Unidos, um dos cinco membros permanentes do Conselho com poder de vetar resoluções. Os outros são China, França, Reino Unido e Rússia.

Principais pontos

A resolução reforçava a posição da ONU sobre Jerusalém e afirmava que “quaisquer decisões ou ações para alterar o caráter, status ou composição demográfica da Cidade Sagrada de Jerusalém não têm efeito legal e são nulas”.

O texto também pedia a todos os países para não estabelecerem missões diplomáticas em Jerusalém. Com exceção dos Estados Unidos, todos os outros 14 Estados-membros do Conselho de Segurança apoiaram a proposta.

Tensões

A votação ocorreu logo após uma apresentação do coordenador especial da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio. Nickolay Mladenov disse que a situação de segurança em Israel e nos territórios ocupados palestinos ficou mais tensa após o presidente americano Donald Trump, anunciar, em 6 de dezembro, que estava reconhecendo oficialmente Jerusalém como a capital de Israel.

Mladenov destacou que a ONU mantém a visão de que o status de Jerusalém deve ser resolvido por meio “de negociações diretas entre palestinos e israelenses, respeitando decisões do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral”.

Notícias relacionadas:

Enviado da ONU volta a alertar sobre retórica provocadora no Oriente Médio

Enviado da ONU alerta para "potencial de escalada da violência" em Jerusalém