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FAO alerta sobre programa global para conter ameaça à produção de banana BR

Foto: Irin/David Gough

FAO alerta sobre programa global para conter ameaça à produção de banana

Agência e parceiros lançaram campanha contra a nova cepa do Fusarium Wilt que põe em risco meios de subsistência que dependem da fruta mais comercializada do mundo; Moçambique é um dos 10 países afetados.

Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.

Um fungo ameaça a produção mundial de banana e pode causar perdas comerciais vastas. Moçambique é um dos 10 países afetados.

Os prejuízos podem ser ainda maiores para a subsistência de 400 milhões de pessoas que dependem do comércio da fruta com parte da dieta ou fonte de renda.

Solo

A FAO e seus parceiros como a Biodiversidade Internacional, o Instituto Internacional de Agricultura Tropical e o Fórum Mundial da Banana lançaram um programa global pedindo US$ 98 milhões para conter e gerenciar a crise da nova cepa, conhecida como Tropical Race 4 ou Fusarium wilt. A doença pode durar vários anos no solo e destruir as novas plantações.

Entre os danos estão a infecção de materiais e danos causados à água, a calçados, ferramentas agrícolas e veículos.

O diretor da Divisão de Produção e Proteção de Planta, Hans Dreyer, afirmou que o fundo é uma grande ameaça em várias regiões do mundo. Ele acha que a reação deve ser rápida para evitar um agravamento da situação.

Cooperação

Para Dreyer, os países devem continuar monitorando os campos e reforçando a capacidade nacional e cooperação internacional.

O TR4 foi detectado no sudeste da Ásia, em 1990, e já foi identificado em 19 sítios em 10 países na África Subsaariana, com Moçambique, e no sul da Ásia.

O programa prioriza agora 67 países numa tentativa de prevenir a transmissão.

Se nada for feito para impedir o alastramento do fungo, a doença poderá atacar 1,6 milhão de hectares de plantações de bananas até 2040. Isso representa um valor anual de US$ 10 bilhões.

As plantas afetadas apresentam folhas amarelas que caem como uma espécie de escombro em volta da parte mais baixa do pé. O fungo pode de espalhar rápido e ficar presente no solo por várias décadas.

As áreas tratadas devem ser isoladas e as plantações destruídas além da imposição de quarentena no local.