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ONU condena ataque a mesquita afegã que matou pelo menos 30 fieis BR

Imagem aérea da província de Herat, no Afeganistão. Foto: Unama/ Fardin Waezi

ONU condena ataque a mesquita afegã que matou pelo menos 30 fieis

Secretário-geral António Guterres afirma que atentados deliberados a civis são claras violações dos direitos humanos e da lei humanitária internacional.

Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.

As Nações Unidas emitiram uma nota condenando um ataque a uma mesquita em Herat, no Afeganistão. Pelo menos 30 pessoas morreram e mais de 60 ficaram feridas.

O atentado ocorreu um dia após um outro ataque à Embaixada do Iraque, na capital afegã Cabul, onde dois civis perderam a vida e uma pessoa teve ferimentos.

Instalações diplomáticas

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que ataques deliberados a civis são violações claras dos direitos humanos e da lei humanitária internacional. Ele também destacou o princípio fundamental de proteção de instalações diplomáticas.

Já a Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão, Unama, informou que dentre os mortos na mesquita Jawadia havia duas crianças. Os assassinos entraram no templo xiita durante as orações da noite, quando centenas de pessoas lotavam o local.

Os suicidas explodiram os dispositivos dentro da mesquita.

Comunidade

O chefe da Missão Tadamichi Yamamoto disse que o atentado contra fieis na oração não tem a menor justificativa. Segundo ele, espalhar o terror e a violência sectária contra uma comunidade é hediondo, e os responsáveis devem ser levados à justiça.

No ano passado, a Unama registrou quatro ataques separados a mesquitas xiitas e outras associações religiosas. O grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, na província de Khorasan, reivindicou a autoria de dois desses atentados.

A Unama e o chefe da ONU enviaram condolências às famílias das vítimas e desejaram pronta recuperação aos feridos.