Babatunde Osotimehin: Guterres lamenta morte de “campeão do bem-estar”
Secretário-geral realça papel de chefe do Unfpa para “todos, especialmente as mulheres e meninas”; agências de notícias informaram que representante perdeu a vida nas primeiras horas desta segunda-feira.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
O secretário-geral das Nações Unidas lamentou esta segunda-feira a morte do diretor-executivo do Fundo das Nações Unidas para a População, Unfpa, Babatunde Osotimehin.
Em sua conta no Twitter, António Guterres destaca que “ o mundo perdeu um grande campeão do bem-estar para todos, especialmente as mulheres e meninas.”
Ministro
A causa de morte do chefe da agência da ONU ainda não foi divulgada, mas agências de notícias africanas disseram que ocorreu nas primeiras horas desta segunda-feira.
O nigeriano Babatunde Osotimehin, de 68 anos, foi nomeado chefe do Unfpa para um primeiro mandato em 2010 e mais uma vez em 2014.
Osotimehin foi ministro da Saúde da Nigéria e chefe da agência nacional de auxílio, Naca. Ele também dirigiu a Faculdade de Medicina da universidade nigeriana de Ibadan, a mais antiga instituição de ensino do país.
Forte defesa
Guterres agradece “a vida de serviço” de Babatunde, a quem chama de “bom amigo e colega”. Ele expressa condolências “à família, ao pessoal do Unfpa, ao governo, ao povo da Nigéria bem como aos que foram tocados pela sua morte.”
O secretário-geral realça que sob a liderança de Babatunde, o Unfpa ganhou admiração a nível global em particular pela forte defesa das mulheres e meninas do mundo.
Serviços
Para o chefe da ONU, a saúde sexual e reprodutiva e os direitos reprodutivos estão entre os temas mais importantes e, muitas vezes, sensíveis na agenda internacional.
O chefe da ONU destaca o que chama de “esforços tranquilos e fervorosos de Babatunde, que ajudaram famílias a ter serviços de saúde sexual e reprodutiva que precisavam e ajudaram o mundo a avançar no marco do Programa de Ação do Cairo de 1994 sobre a População e o Desenvolvimento”.
Guterres sublinha que sua voz “foi inestimável durante anos, incluindo no momento em que foi ministro da Saúde”.
O secretário-geral destaca que nessa altura Babatunde era “pressionando pelo planejamento familiar, pela educação feminina, pela saúde infantil e pela ação na área de HIV como ingredientes vitais no progresso humano.”