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Conflitos ameaçam milhões de crianças no Oriente Médio e norte da África BR

Conflitos ameaçam milhões de crianças no Oriente Médio e norte da África

Alerta foi dado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef; violência impede acesso de 24 milhões de menores de idade a serviços de saúde, água potável e saneamento básico.

Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, alertou esta quarta-feira que os conflitos ameaçam as vidas de 24 milhões de crianças no Oriente Médio e no norte da África.

Segundo a agência da ONU, a violência está impedindo que os menores de idade tenham acesso a serviços de saúde, à água potável e ao saneamento básico.

Doenças

Os conflitos colocam em risco a saúde de crianças indo desde o Iêmen à Síria, incluindo a Faixa de Gaza, o Iraque, a Líbia e o Sudão. Hospitais e clínicas danificados não permitem que os menores recebam os cuidados médicos essenciais.

Os serviços de fornecimento de água e de saneamento estão comprometidos, causando a propagação de doenças.

O diretor regional do Unicef para o Oriente Médio e norte da África, Geert Cappelaere, afirmou que “além das bombas, balas e explosões, muitas crianças estão morrendo em silêncio devido a doenças que poderiam ser facilmente prevenidas e tratadas”.

Prioridade

Ele afirmou que o Iêmen é o país com mais crianças precisando de ajuda, 9,6 milhões. Os dois anos de conflito levaram o país à beira da fome e mergulhou a região numa das piores crises humanitárias do mundo.

O Unicef diz que na Síria e no Iraque mais de 5 milhões de menores em cada país necessitam de assistência. No Sudão são mais de 2 milhões, seguido por Faixa de Gaza e Líbia.

Cappelaere disse que quando as crianças não têm acesso à saúde ou alimentos nutritivos, quando elas ingerem água contaminada, quando vivem cercadas por lixo e sem saneamento, elas ficam doentes e algumas acabam morrendo.

O Unicef quer que as partes em conflito nesses países deem prioridade às crianças. Eles devem suspender os ataques a instalações de saúde e as infraestruturas civis também devem ser protegidas.

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