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Unodc pede maior vigilância devido ao aumento dos ataques de piratas somalis

Golfo da Guiné teve 40% dos casos de pirataria e de assaltos à mão armada no mar ocorridos em todo o mundo. Foto: Marinha EUA/Ja'lon A. Rhinehart

Unodc pede maior vigilância devido ao aumento dos ataques de piratas somalis

Segundo Escritório da ONU, navios devem continuam a seguir orientações das marinhas e da Organização Marítima Internacional ao planear passagem pela costa do país.

Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.*

O chefe do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, Yury Fedotov, alertou nesta terça-feira para a ameaça representada por piratas na costa da Somália.

Segundo Fedotov, “com três ataques, após uma pausa de cinco anos, está claro que “piratas somalis estão a reaparecer e pretendem continuar a atacar navios comerciais”.

Vigilância

O representante instou a comunidade internacional a continuar vigilante e a trabalhar em cooperação para levá-los à justiça.

O chefe do Unodc falou após uma vaga de recentes ações de piratas na costa da Somália: três navios foram atacados entre 13 de março e 1º de abril. No caso mais recente, segundo agências de notícias, 11 integrantes da tripulação estão atualmente a ser mantidos como reféns.

Orientações

De acordo com o Unodc, grande parte da costa somali permanece além do alcance de autoridades policiais, então, navios devem continuar a seguir as orientações de marinhas e da Organização Marítima Internacional, OMI, quando planearem passar pela costa da Somália.

O Escritório da ONU continua a apoiar os julgamentos de suspeitos de pirataria na região e agências de segurança marítima do país do Corno de África.

Ao falar sobre os ataques recentes, o chefe do Programa de Crimes Marítimos do Unodc, que tem base em Nairoibi, afirmou que a “ameaça da pirataria somali nunca sumiu”.

Crimes Marítimos

Para Alan Cole, a ameaça foi “suprimida pelo bom trabalho feito pela indústria naval e as suas equipas de segurança marinhas e o apoio do Unodc ao julgamento e prisão de 1,3 mil piratas”.

O Programa de Crimes Marítimos do Escritório da ONU trabalha no sul e sudeste da Ásia, África Ocidental, Oceano Índico e em cinco locais na Somália.

A iniciativa aborda todos os aspectos do crime marítimo incluindo terrorismo, tráfico de pessoas e de narcóticos, contrabando de migrantes, crimes de pesca, sequestros e pirataria.

*Apresentação: Denise Costa.

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