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Unodc quer uma “abordagem equilibrada” para combater as drogas BR

Unodc quer uma “abordagem equilibrada” para combater as drogas

Chefe da agência da ONU afirmou que é preciso encontrar um “denominador comum” para fortalecer a cooperação; mais de 1,5 mil representantes dos Estados-membros discutem a revisão de alto nível da Declaração Política e do Plano de Ação antidrogas em Viena.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O diretor-executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc, Yury Fedotov, pediu uma “abordagem equilibrada” para combater as drogas ilegais. Ele explicou que a ação inclui medidas de prevenção, tratamento, reabilitação e integração social dos usuários.

A declaração foi feita na abertura da revisão de alto nível da Declaração Política e do Plano de Ação antidrogas que reúne mais de 1,5 mil representantes dos Estados-membros em Viena.

Consenso

Fedotov espera que os participantes cheguem a um consenso para fortalecer a cooperação e atacar o problema global das drogas de uma forma equilibrada, humana e eficaz, de acordo com as convenções internacionais.

O representante do Unodc declarou também que em relação à resposta de saúde pública, os países devem considerar alternativas à penalização ou o encarceramento dos dependentes de drogas.

O chefe do Unodc disse que não há uma simples resposta para dizer se os países venceram ou fracassaram na implementação do Plano da Ação, acordado em 2009.

Demanda

Segundo ele, o mercado global da cocaína sofreu uma redução entre 2007 e 2011, além disso, foram registrados avanços no fornecimento de tratamentos e na criação de práticas alternativas para lidar com o assunto.

Fedotov explicou que a demanda pelas drogas não mudou substancialmente em escala global. O diretor-executivo do Unodc classificou de um grande retrocesso o recorde batido pelo cultivo da papoula para a produção de ópio no Afeganistão, no ano passado.

Ao falar sobre a relação das drogas com a violência, o chefe do Unodc afirma que o tráfico de drogas tem levado ao aumento da violência na América Central.