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Síria e refugiados são foco da agenda de Guterres na Turquia BR

António Guterres fala aos jornalistas na Turquia. Foto: ONU

Síria e refugiados são foco da agenda de Guterres na Turquia

Em encontro com o presidente Erdogan, secretário-geral reforçou a importância de se combater o terrorismo e os extremistas; ele agradeceu ao líder turco por abrigar milhões de refugiados sírios e iraquianos.

Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.

O secretário-geral da ONU está na Turquia e encontrou-se neste sábado, 11 de fevereiro, com o presidente Recep Tayyip Erdogan. Os dois discutiram a situação na Síria e os esforços diplomáticos para acabar com o conflito no país.

António Guterres destacou a necessidade de se continuar combatendo o terrorismo e os extremistas na Síria, mas o chefe da ONU lembrou que o este sucesso depende de uma solução política apoiada pelo povo do país.

Iraque

O secretário-geral e o presidente turco também trocaram pontos de vista sobre a situação no Iraque. Guterres lembrou que as operações para libertar a cidade de Mossul dos terroristas do Daesh (Estado Islâmico do Iraque e do Levante) não devem ser marcadas pelo sectarismo, mas devem ser um símbolo da reconciliação nacional.

António Guterres agradeceu ao governo da Turquia pela “enorme generosidade em abrigar milhões de refugiados da Síria e do Iraque”.

Reassentamento

Na noite de sexta-feira, o secretário-geral falou com os jornalistas que acompanham sua viagem a Turquia. Ele aproveitou para lançar um apelo em prol da “integridade da proteção internacional dos refugiados”.

O chefe da ONU explicou que os países que abrigam refugiados precisam receber apoio, assim como as comunidades que acolhem esses civis.

Ao defender o reassentamento, ele lembrou que proteger os refugiados não é uma obrigação somente dos países vizinhos às nações em crise, mas sim de toda a comunidade internacional.

António Guterres também afirmou que “a luta contra o terrorismo é extremamente importante, mas não deve haver ilusões: a comunidade internacional não terá sucesso nesta luta se não encontrar soluções políticas em que a população esteja representada”.

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