São Tomé e Princípe tem condições de realizar Agenda 2030 BR

Avaliação é do primeiro-ministro timorense em discurso na Assembleia Geral da ONU; na intervenção, Patrice Trovoada ressaltou “progresso notável” do país em desenvolvimento humano.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
São Tomé e Princípe foi o sexto país lusófono a falar na 71ª sessão da Assembleia Geral da ONU.
Em seu discurso, nesta sexta-feira, o primeiro-ministro Patrice Trovoada destacou o que chamou de “progresso notável” em matéria de desenvolvimento humano no país.
Desenvolvimento Sustentável
Trovoada citou, entre outros índices, uma “taxa de escolarização superior a 97% e uma cobertura de acesso à eletricidade de mais de 60%, representando o dobro da média da África Subsaariana”.
Falando em francês, o primeiro-ministro timorense afirmou que sem dúvida, o país tem condições de realizar a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável.
Economia e Questões Mundiais
Em entrevista à Rádio ONU, antes de subir à tribuna da Assembleia Geral, Trovoada comentou a mensagem de seu país ao debate.
O primeiro aspecto, segundo ele, é a situação mundial, citando terrorismo, crise de refugiados e a necessidade de não “estigmatizar” essa questão.
“O segundo aspecto, a situação econômica. Como sabe, é a segunda sessão da Assembleia Geral que está consagrada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, daí a questão econômica é fundamental. Nós, no caso de São Tomé e Príncipe, estamos a fazer uma série de reformas, estamos a melhorar os índices de desenvolvimento humano, mas precisamos do reforço dos investimentos, nomeadamente poder ter acesso a linhas de crédito concessionais que nos permitam acima de tudo alavancar sobretudo a questão das infraestruturas.”
Para ele, é uma questão de “dar à África os meios financeiros para ela se desenvolver”, mencionando a questão da “governação mundial”.
Voz da África
“Duas sessões para se falar do desenvolvimento sustentável, para se falar de África, mas a África não tem voz no Conselho de Segurança, nomeadamente como membro permanente (...) Nós devemos também a esse nível ter a coragem de avançarmos para uma reforma da nossa organização, nomeadamente do Conselho de Segurança para que nos sentemos na mesa todos iguais, com respeitos uns pelos outros.”
O primeiro-ministro timorense falou ainda sobre o futuro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, que, para ele, será “económico”.
Acompanhe na Rádio ONU a cobertura da 71ª sessão da Assembleia Geral da ONU.
Assista aos vídeos da entrevista no Facebook e no Twitter.
Leia e Ouça: