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Luanda e Huambo são províncias mais afetadas por febre amarela em Angola

Até a passada sexta-feira, quase metade da população angolana já havia sido vacinada contra a febre amarela, Foto: ONU/Marie Frechon

Luanda e Huambo são províncias mais afetadas por febre amarela em Angola

OMS destaca que dos mais de 3,1 mil casos suspeitos, 847 foram confirmados em laboratório; vigilância continua reforçada e agência já fala em diminuição de novos casos no país.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, divulgou esta terça-feira os números mais recentes sobre a febre amarela em Angola. Dos 3.137 casos suspeitos reportados em todas as 18 províncias do país, 847 foram confirmados em laboratório.

Segundo a OMS, o surto de febre amarela matou 345 angolanos nos últimos meses. A capital Luanda e a cidade de Huambo são as províncias mais afetadas do país. Foram 489 casos confirmados em Luanda. A maioria dos pacientes tem entre 15 e 24 anos de idade.

Riscos

Os esforços para reforçar a vigilância continuam e assim, o total de casos de febre amarela em Angola está a diminuir aos poucos, segundo a OMS. Mas o vírus continua a circular e o risco de exportação para outros países ainda existe.

A situação em Lunda Norte é a que mais preocupa a agência da ONU, porque a província faz fronteira com a República Democrática do Congo. Na região, existe um grande fluxo de pessoas e de mercadorias que saem e entram de Angola para a RD Congo, onde já foram confirmados três casos de febre amarela “importados” de Lunda Norte.

China

Até a passada sexta-feira, quase metade da população angolana já havia sido vacinada contra a febre amarela, ou mais de 10,6 milhões de habitantes. Segundo a OMS, além de RD Congo, China e Quénia já registaram casos importados de Angola, por isso a necessidade urgente de vigilância continuada.

Quem viaja para países de risco deve tomar a vacina 10 dias antes do embarque, uma vez que a febre amarela pode ser prevenida facilmente com a imunização.

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