Financiamento de US$ 175 milhões beneficia o Corno de África
Empréstimo do Banco Mundial servirá para comunidades a hospedar refugiados na região; ideia é mitigar o impacto causado nas cidades que abrigam deslocados; Etiópia, Uganda e Djibouti são os países beneficiados.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Banco Mundial aprovou esta semana um financiamento de US$ 175 milhões para ajudar a aliviar os impactos do deslocamento forçado no Corno de África. O dinheiro deve beneficiar comunidades a abrigar refugiados, em países como Etiópia, Uganda e Djibouti.
O presidente do órgão destacou que a atenção do mundo está voltada para a crise de refugiados do Médio Oriente, mas “é preciso fazer mais para ajudar as nações africanas a responder ao deslocamento forçado de milhões de pessoas”.
Três Países
Jim Yong Kim explicou que o “financiamento do Banco Mundial para países a a abrigar refugiados no Corno de África deve levar mais estabilidade à região e oportunidades económicas para as pessoas”.
A Etiópia reberá US$ 100 milhões. Outros US$ 50 milhões vão para Uganda e US$ 20 milhões para o Djibouti, com pouco ou nenhum juros. Os restantes US$ 5 milhões serão emprestados para a Autoridade Intergovernamental de Desenvolvimento, órgão formado por oito países do Corno de África.
Pobreza
A região abriga 242 milhões de habitantes e segundo o Banco Mundial, sofre com fraca governança, insegurança, degradação ambiental e pobreza. Os conflitos pioram a situação e o financiamento tem em vista ampliar o acesso da população a serviços sociais e melhorar a situação das comunidades a hospedar refugiados.
São 9,5 milhões de deslocados no Corno de África e cerca de 3 milhões de refugiados, de acordo com o Banco Mundial. Mulheres e crianças são a maioria e encontrar empregos é um desafio nesses países. A Etiópia, por exemplo, tem a maior população de refugiados no continente africano, a enfrentar extrema pobreza.
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