Perspectiva Global Reportagens Humanas

No Madagáscar, Ban apresenta relatório sobre o custo da fome no país

Ban Ki-moon e Yoo Soon-taek em visita ao parque Lemer, no Madagáscar. Foto: ONU/Mark Garten

No Madagáscar, Ban apresenta relatório sobre o custo da fome no país

Ao Parlamento, secretário-geral da ONU afirma que uma entre duas crianças está a sofrer de nanismo; desnutrição custa mais de US$ 1,5 mil milhão por ano, ou quase 15% do PIB da nação africana.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O secretário-geral das Nações Unidas está no Madagáscar, onde a organização apresentou esta quarta-feira um relatório sobre o custo da fome no país. Na capital Antananarivo, Ban Ki-moon declarou ao Parlamento que o documento mostra um cenário alarmante.

Quase uma entre duas crianças sofre de nanismo e o chefe da ONU considera a situação “uma tragédia para indivíduos e um desastre para o desenvolvimento”.

PIB

Segundo o relatório, a desnutrição custa mais de US$ 1,5 mil milhão por ano ao Madagáscar, ou quase 15% do Produto Interno Bruto. Ao Parlamento, Ban Ki-moon destacou que “o custo humano é imensurável”, por isso pediu aos governantes para reforçarem o compromisso de acabar com a má nutrição e disponibilizarem mais recursos financeiros neste sentido.

O secretário-geral espera que o governo defina um pacote nacional mínimo de serviços essenciais de nutrição e garantiu que a ONU será parceira da iniciativa.

Ban aproveitou o discurso para ressaltar a importância da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e afirmou que espera que o país avance para cumprir as metas.

Desafios

Na avaliação do secretário-geral, Madagáscar passa por desafios imensos, como a pobreza, o fraco crescimento económico, a alta taxa de desemprego, o acesso à água, que é um dos “piores do mundo” e o facto de que apenas três entre 10 crianças completam o ensino primário.

Mas Ban Ki-moon elogiou a estratégia nacional em prol dos jovens e lembrou que as Nações Unidas estão prontas para empoderar os jovens e dar apoio à toda a população de Madagáscar. No campo dos direitos humanos, o secretário-geral elogiou a nação africana por ter abolido a pena de morte.

Leia e Oiça:

Índice de pobreza ainda é "muito alto" nos países menos desenvolvidos

Ban diz que "é possível acabar com a pobreza global até 2030"

Nas Ilhas Seychelles, chefe da ONU enaltece proteção ao meio ambiente