OIM: mais de 700 pessoas morreram no Mediterrâneo em 2016
Número corresponde a um aumento de quase 50% em relação ao mesmo período do ano passado; até o primeiro fim de semana de abril, mais de 172 migrantes e refugiados chegaram à Europa pelo mar este ano.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
Mais de 172 mil migrantes e refugiados chegaram à Europa pelo mar em 2016 até o primeiro fim de semana de abril, de acordo com a Organização Internacional para Migrações, OIM.
As rotas mais movimentadas são as que ligam a Turquia à Grécia e o norte da África à Itália, mas um pequeno número de migrantes chegou a Chipre e à Espanha.
Mortes
A agência parceira da ONU calcula que até o momento este ano, 714 pessoas morreram no mar Mediterrâneo, um aumento de cerca de 50% em relação ao mesmo período de 2015, quando 489 migrantes e refugiados morreram.
No ano passado, o número de mortes no Mediterrâneo chegou a 3.770 e o mês de abril foi o mais mortífero: 1.244 migrantes e refugiados perderam suas vidas no mar.
Nacionalidades
Entre janeiro e março de 2016, os sírios foram os que mais chegaram à Grécia, seguidos de afegãos, iraquianos, paquistaneses e iranianos.
Ja à Itália, nos primeiros dois meses deste ano, somalianos chegaram pelo mar em maior quantidade, seguidos de cidadãos da Gâmbia, Senegal, Mali e Nigéria.
Novo Acordo
A OIM não registrou nenhuma morte no mediterrâneo oriental desde o início da implementação, na semana passada, de um novo acordo entre a Turquia e a União Europeia que permite o retorno daqueles chegando às ilhas gregas.
Durante os primeiros 15 dias desde a assinatura do acordo, o número de chegadas caiu em relação aos últimos meses e estão muito abaixo do pico registrado no verão passado.
Reassentamento
Desde o dia 4 de abril, a OIM na Turquia facilitou a ida de 74 sírios para reassentamento na Europa, como parte do novo acordo.
Nesta semana, a agência já organizou a partida de 32 sírios da Turquia para a Alemanha, 11 para a Finlândia e 31 para a Holanda.
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