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Escritório de Direitos Humanos preocupado com assassinato na Cisjordânia BR

Civis na Cisjordânia. Foto: UNRWA/Isabel de la Cruz

Escritório de Direitos Humanos preocupado com assassinato na Cisjordânia

Dois homens palestinos esfaquearam um soldado israelense em Hebron, na última quinta-feira; representação da ONU afirma que ferido recebeu assistência, mas um dos palestinos levou um tiro na cabeça e morreu.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O Escritório de Direitos Humanos da ONU se pronunciou sobre um crime ocorrido na última quinta-feira na Cisjordânia. Dois homens palestinos esfaquearam e feriram um soldado israelense em Hebron. Os palestinos levaram tiros durante o ataque.

Foi divulgado um vídeo com imagens do incidente. Após ser baleado, um dos palestinos aparece deitado no chão, mas ainda vivo. Equipes médicas surgem para ajudar o soldado israelense, que sai de cena em uma ambulância.

Investigação

Na sequência, um outro soldado israelense dá um tiro na cabeça do palestino ferido, que morre. Para a representação da ONU, trata-se de um caso de execução extrajudicial e  o que choca é que nenhuma das 20 testemunhas reage mesmo após o assassinato.

O porta-voz do Escritório de Direitos Humanos diz que as autoridades de Israel já estão investigando o incidente e o soldado envolvido está detido. Mas Rupert Colville pede uma investigação transparente e independente do caso.

Mortes

Segundo ele, o escritório está preocupado com situações do tipo, já que 130 palestinos foram mortos nos últimos meses, após ataques contra civis ou soldados israelenses. Do lado de Israel, o total de mortes chegou a 28.

Rupert Colville fala em uso excessivo da força e lembra que todos os incidentes envolvendo mortes provocadas por forças de segurança devem ser investigados e os responsáveis, encaminhados à justiça.