Unisdr pede aos países ações preventivas contra tempestades
Chefe da agência da ONU sobre Redução do Risco de Desastres citou tornados nos EUA, nevasca no México e enchentes na América do Sul, incluindo Brasil e no Reino Unido.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O Escritório da ONU para a Redução do Risco de Desastres, Unisdr, pediu esta terça-feira aos países que adotem ações preventivas para reduzir perdas econômicas e humanas causadas por desastres climáticos.
A chefe da agência, Margareta Wahlström, citou os casos recentes dos tornados nos Estados Unidos durante o período de Natal, a nevasca no México e as enchentes que atingiram vários países da América do Sul, incluindo o Brasil e também o Reino Unido, na Europa.
Acordo Global
Wahlström afirmou que “em março, os representantes dos países se reuniram em Sendai, no Japão e fecharam um novo acordo global para a redução dos riscos de desastres e sobre como melhor proteger o mundo contra esses problemas”.
A agenda de Sendai incluiu, pela primeira vez, sete metas que vão ajudar de forma considerável as nações e as comunidades a lidar com os riscos climáticos.
Segundo a representante da ONU, entre as medidas de prevenção estão a melhora dos sistemas de alerta precoce para enfrentar as variações do clima.
Leis e Normas
Os países devem revisar as leis e normas de construção para assegurar maior resiliência de infraestruturas consideradas essenciais, como escolas, hospitais e estradas.
Os governos devem investir mais em barreiras contra enchentes para proteger a população contra os impactos causados pelos desastres naturais.
Wahlström disse que tornados e tempestades mataram mais de 20 pessoas nos Estados americanos do Texas, Novo México, Oklahoma, Missouri e Illinois.
No Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, as enchentes são consideradas as piores dos últimos 10 anos e já deixaram mais de 170 mil desabrigados. Ela afirmou que as “enchentes anormais” são consistentes com a previsão feita pela Organização Meteorológica Mundial em novembro.
Wahlström declarou que o mundo não pode ignorar a ciência e que as conclusões devem ser incluídas nas políticas de longo prazo.
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