OMS entrega assistência médica a 1,2 milhão durante cessar-fogo no Iêmen
Medicamentos e suprimentos médicos foram distribuídos em oito distritos na província de Taiz; na região, mais de 3 milhões de pessoas estão em extrema necessidade de assistência humanitária, incluindo 392 mil deslocados internos.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, entregou mais de 100 toneladas de medicamentos e suprimentos médicos para mais de 1 milhão de pessoas em oito distritos na província de Taiz, no Iêmen.
Na região, mais de 3 milhões de pessoas estão em extrema necessidade de assistência humanitária, incluindo 392 mil deslocados internos.
Hospitais
A entrega foi feita após o anúncio de um cessar-fogo. Entre os itens distribuídos estavam cilindros de oxigênio, medicamentos e equipamentos cirúrgicos e para casos de trauma.
Os suprimentos foram enviados para 13 hospitais e centros de saúde. Segundo o representante da OMS no Iêmen, a situação em Taiz “tem piorado de forma crescente”.
Ahmed Shadoul afirmou que a escassez de profissionais, medicamentos e combustível, assim como acesso limitado dos agentes humanitários por conta da segurança, levou ao fechamento de muitas instalações de saúde na província.
A agência está pedindo a todos os lados no conflito que garantam a entrega de longo prazo e irrestrita da ajuda humanitária e movimento incondicional dos trabalhadores de saúde.
Acesso
A distribuição de outras 22 toneladas de assistência médica para cinco instalações de saúde em três distritos da cidade de Taiz está em espera por problemas de acesso.
A OMS está negociando com as partes em conflito a entrega incondicional de medicamentos e suprimentos a estes locais, onde 400 mil pessoas precisam de assistência humanitária.
Ahmed Shadoul declarou que a agência da ONU está “profundamente preocupada com a contínua falta de acesso humanitário a Taiz, privando pessoas de atenção básica de saúde e causando violações de seus direitos humanos essenciais”.
A OMS enfatizou a necessidade fundamental da entrega ininterrupta de serviços de saúde e pediu a todos os envolvidos que respeitem os direitos básicos dos iemenitas de acesso a estes serviços.
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