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ONU condena assassinato de filho de ativista do Burundi

Zeid Al Hussein. Foto: ONU/Jean-Marc Ferré

ONU condena assassinato de filho de ativista do Burundi

Alto comissariado para os Direitos Humanos diz que este foi o segundo integrante da família Mbonimpa assassinado recentemente; secretário-geral da ONU também está alarmado com a violência no país.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos condenou o assassinato do filho de um dos “mais importantes defensores dos direitos humanos do Burundi”.

O crime em Bujumbura ocorreu esta sexta-feira. Segundo o alto comissário Zeid Al Hussein, Welly Nzitonda foi preso pela polícia por volta das 11 da manhã, hora local.

Crimes

O corpo dele foi encontrado pela tarde, no bairro de Mutakura. Welly era filho do ativista Pierre Claver Mbonimpa e foi o segundo integrante da família a ser morte recentemente.

Segundo o representante da ONU, o próprio Pierre Mbonimpa escapou de uma tentativa de assassinato em agosto e continua em tratamento fora do Burundi. Um de seus genros foi morto no dia 9 de outubro.

Situação

Para Zeid Al Hussein, os assassinatos apenas reforçam o medo da existência de uma “política sistemática de atacar membros da oposição, jornalistas, defensores dos direitos humanos e cidadãos que possam fazer oposição ao governo”.

O alto comissário também nota que até agora, houve completa impunidade para esses crimes. Na segunda-feira, Zeid vai falar ao Conselho de Segurança sobre a “rápida piora da situação no Burundi”.

Alarme

Também nesta sexta-feira, o secretário-geral da ONU afirmou estar alarmado com a escalada da violência no país. Ele pediu fim da violência e dos assassinatos.

Ban Ki-moon lembra que as autoridades do Burundi são responsáveis por proteger os civis, independente da afiliação política. O chefe da ONU também condena pronunciamentos públicos que incitam a violência ou o ódio contra diferentes grupos da sociedade. Ban pede às autoridades nacionais, membros da oposição e da sociedade para que ponham fim ao discurso de ódio e para que criem condições para o diálogo.

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