TPI acompanha situação pós-eleitoral após relatos de tensão na Guiné Conacri
Procuradora-chefe destaca "crescentes tensões" depois da votação das eleições presidenciais de 11 de outubro; oposição ameaça manifestar-se; campanha eleitoral foi marcada por mortes.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A procuradora-chefe do Tribunal Penal Internacional, TPI, anunciou esta terça-feira que está a acompanhar de perto a evolução da situação após as eleições presidenciais na Guiné Conacri.
Em nota emitida em Haia, Fatou Bensouda citou o risco de violência que está relacionado a "crimes da competência" do órgão.
Votação
Segundo as autoridades do país o anúncio do vencedor da segunda eleição presidencial será nos próximos dias, após a votação de domingo. O presidente Alpha Condé concorre a um segundo mandato depois ter sido eleito em 2010.
Na sequência da votação de 11 de outubro, o secretário-geral da ONU pediu "calma enquanto são aguardados os resultados finais".
Ban Ki-moon lançou um apelo aos envolvidos no processo para que resolvam as disputas que possam surgir de uma forma tranquila, através dos procedimentos legais estabelecidos.
Crescentes Tensões
Bensouda disse que o processo "segue o seu curso" mas destaca haver relatos de crescentes tensões que surgiram recentemente.
De acordo com agências de notícias a oposição pediu a repetição do pleito e ameaçou organizar protestos, uma medida desencorajada por observadores. Várias pessoas morreram em confrontos durante a campanha eleitoral.
Calma
Bensouda reiterou a todos os atores políticos e aos seus partidários o apelo à calma e moderação.
A nota sublinha que qualquer pessoa que "comete, dá ordens, incentiva, fomenta ou contribui de alguma forma" para executar crimes julgados pelo TPI está sujeita a um processo judicial no país ou no Tribunal em Haia.
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