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Retirar estrangeiros do conflito no Iémen pode custar US$ 155 milhões até 2016

Migrantes no Iémen. Foto: OIM

Retirar estrangeiros do conflito no Iémen pode custar US$ 155 milhões até 2016

Cidadãos somalis são a maioria dos estrangeiros que fogem dos confrontos; Nairobi acolheu encontro entre doadores, Acnur e OIM; após viagem longa pelo mar recém-chegados parecem traumatizados e cansados.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

Os custos para retirar estrangeiros que fogem do conflito no Iémen chegam a US$ 36 milhões até dezembro. Em 2016, o plano para dar proteção e assistência humanitária aos refugiados e migrantes precisa de mais US$ 119 milhões.

A informação foi revelada num encontro entre doadores e representantes do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, e da Organização Internacional para Migrações, OIM, realizado na capital queniana Nairobi.

Refugiados e Migrantes

Várias agências humanitárias esperam ajudar cerca de 103 mil pessoas a retornar ao Djibuti, à Etiópia, à Somália e ao Sudão em 2015. Já no próximo ano, a ideia é transferir cerca de 202 mil pessoas do país árabe.

Os refugiados somalis destacam-se entre os milhares de estrangeiros que deixam o país devido ao agravamento do conflito, em março.

Horas no Mar

Na reunião de segunda-feira em Nairobi, o observador da OIM junto à ONU em Nova Iorque destacou a importância de abordar de forma coordenada e estratégica as necessidades dos afetados.

Ashraf El Nour disse haver muitas necessidades entre os refugiados e migrantes, que chegam aos países africanos depois de passarem longas horas no mar.

Emergência

Muitas vezes as pessoas parecem "traumatizadas, exaustas, com poucos bens pessoais e a precisar urgentemente de alimentos, de água e de cuidados médicos de emergência".

Os vizinhos Djibuti, Etiópia, Somália e Sudão já acolhem cerca de 70 mil pessoas vindas do Iémen. Outras cerca de 44 mil teriam chegado à Arábia Saudita e ao Oman.

A primeira resposta das agências humanitárias é tratar as suas necessidades básicas, fazer o registo e dar documentos para permitir que tenham acesso a serviços essenciais.

*Apresentação: Denise Costa.

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