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OMS afirma que mortalidade infantil caiu mais da metade desde 1990 BR

Maiores riscos estão no primeiro mês de vida. Foto: Foto: ONU/David Ohana

OMS afirma que mortalidade infantil caiu mais da metade desde 1990

Agência da ONU diz que apesar do avanço, mundo não conseguirá alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milêmio no setor; mortes de crianças com menos de cinco anos parassaram de 12,7 milhões para 5,9 milhões por ano.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.*

Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde, OMS, lançado esta terça-feira, afirma que a mortalidade infantil caiu para menos da metade desde 1990.

Segundo o documento, o número de mortes de crianças com menos de cinco anos passou de 12,7 milhões, há 25 anos, para 5,9 milhões agora em 2015.

Objetivos

Apesar do progresso, o relatório alerta que 16 mil menores de cinco anos morrem diariamente no mundo, pouco mais de 11 por minuto.

Mesmo com uma redução de 53% na taxa de mortalidade, a OMS diz que O avanço não é o suficiente para atingir a Meta do Milênio que determina uma diminuição de dois-terços das mortes entre 1990 e 2015.

O documento divulgado pela OMS contou também com a participação do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef; do Banco Mundial e do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais, Desa.

A vice-diretora executiva do Unicef, Geeta Rao Gupta, afirmou que um número muito grande de crianças ainda morre de doenças que poderiam ser evitadas.

Primeiro Mês

O relatório mostra que o maior desafio continua sendo o período que vai do pré-natal e até após o parto. Segundo a OMS, 45% dos óbitos de menores de cinco anos ocorrem nos primeiros 28 dias de vida do bebê.

As causas mais comuns são: prematuridade, pneumonia, complicações durante o parto, diarreia, infecção generalizada e malária. Quase metade das mortes estão associadas à desnutrição.

Os especialistas disseram que a maioria dos óbitos poderia ser facilmente evitado por intervenções médicas já disponíveis.

Segundo o relatório, o índice de redução da mortalidade infantil pode ser acelerado de forma considerável se os esforços forem aplicados em regiões que apresentam as maiores taxas, como a África Subsaariana e o sul da Ásia.

A África Subsaariana é a região do mundo com o maior índice de mortalidade entre crianças menores de cinco anos de idade: uma em cada 12. A média entre os países de alta renda é de uma morte entre 147 crianças.

*Apresentação: Leda Letra.