Acnur preocupado com violência na fronteira entre Macedônia e Grécia
Força teria sido usada para prevenir a entrada de migrantes e segundo agência da ONU, “milhares” de pessoas ficaram encurraladas no local; chefe do Acnur conversou com ministro e pediu que fronteira não feche.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, está muito preocupado com a situação na fronteira entre a Grécia e a ex-República Iugoslava da Macedônia.
Nesta sexta-feira, a força foi usada para prevenir que migrantes cruzassem a fronteira. Agências de notícias afirmam que autoridades da Macedônia teriam lançado granadas e bombas de gás lacrimogênio para dispersar as pessoas.
O Acnur está preocupado com “milhares de refugiados e migrantes vulneráveis, especialmente mulheres e crianças”. Segundo a agência, muitas pessoas estão amontoadas no lado grego da fronteira, em “condições precárias”.
Segurança
O alto comissário António Guterres conversou com o ministro das Relações Exteriores da Macedônia, Nikola Poposki, que garantiu que a fronteira não será fechada no futuro.
O Acnur reforça entender a pressão que a região enfrenta e as “legítimas preocupações com a segurança”, mas apela ao governo para que estabeleça a ordem.
A agência também espera a cooperação da Macedônia para o registro e recepção dos migantes que estão daquele lado da fronteira e “precisam de assistência”.
Ajuda
Já as autoridades da Grécia receberam do Acnur um pedido para que melhorem o sistema de registro e de recepção das “pessoas que precisam de proteção internacional” e ajudem, urgentemente, todos os que estão do lado grego da fronteira.
A agência da ONU reafirmou estar pronta a ajudar os dois governos neste sentido e voltou à pedir à União Europeia mais apoio para os países afetados pela crise de migrantes que atravessam o Mar Mediterrâneo.
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