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“Solução para mudança climática vital ao desenvolvimento sustentável” BR

Secretário-geral, Ban Ki-moon, em visita à região do Ártico na Noruega. Ao seu lado está o ministro das Relações Exteriores norueguês, Børge Brende. Foto: ONU/Rick Bajornas

“Solução para mudança climática vital ao desenvolvimento sustentável”

Avaliação é do secretário-geral assistente para Mudança Climática, Janos Pasztor; representante falou dos impactos, da expectativa para a conferência em Paris, em dezembro, e destacou energia renovável.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

O secretário-geral assistente da ONU para Mudança Climática afirmou que abordar a questão é essencial o sucesso dos novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, SDGs.

Para Janos Pasztor, ter chegado a um acordo sobre os SDGs dá aos governos um impulso positivo .

Impactos e Soluções

Em entrevista à Rádio ONU, o especialista falou sobre suas viagens, inclusive ao Ártico, com o secretário-geral, Ban Ki-moon.

Lá, segundo Pasztor, “já está sendo medido um aquecimento de 2 graus, o que é o dobro da média global”.

O secretário-geral assistente afirmou que “o impacto é visto em todos os lugares” e citou “geleiras desaparecendo” e “ecossistemas mudando”.

No entanto, ele afirmou que em suas viagens também viu “muitas soluções incríveis, especialmente no que diz respeito à energia renovável”.

Conferência em Paris

Na entrevista, Janos Pasztor falou sobre a expectativa da assinatura de um “bom acordo” na Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, conhecida como COP 21, em dezembro, em Paris.

No entanto, ele afirmou que o acordo deve ser de longo prazo para que tenha um “sinal claro” da direção de um desenvolvimento de baixo carbono.

O representante disse ainda que o texto deve ter uma “dimensão de solidariedade” com aqueles mais vulneráveis e que precisam de apoio financeiro e tecnológico.

Segundo Janos Pasztor, o acordo também deve ser verossímil, credível e levar o mundo a um caminho de aquecimento médio de menos de dois graus, o que seria “o teste final de todo pacote que vai sair de Paris”.

Na entrevista, o secretário-geral assistente declarou ainda que “todos têm um papel a desempenhar” e “podem fazer alguma coisa”.

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